30 de dez. de 2015

Melhores de 2015


Esse, com certeza foi um ano de extremos, para o bem e para o mal. Para me despedir de 2015, trago a lista do que mais gostei em matéria de cultura pop nesses últimos doze meses.

- Melhores de 2014 / 2013 / 2012


LIVRO: Toda Luz Que Não Podemos Ver,
de Anthony Doerr


Inspirada em A Menina Que Roubava Livros, essa obra se sustenta por seus próprios méritos. A trama apresenta a Segunda Guerra Mundial sob a ótica de dois pré-adolescentes que crescem em meio a esse cenário. Marie-Laure é uma garota francesa cega que foge de Paris com o pai sem saber que carrega um tesouro de valor inestimável. Na Alemanha, conhecemos Werner, um jovem que sonha se tornar cientista, mas é obrigado a se juntar ao exército nazista. Um livro que mistura melancolia e tristeza com beleza e esperança.



FILME PIPOCA: Mad Max - Estrada da Fúria



Num mundo deserto, Max é capturado por Immortan Joe, uma figura excêntrica que comanda uma comunidade e é o líder de sua própria religião. Durante a fuga, Max topa com a Imperatriz Furiosa, que pretende resgatar todas as garotas escolhidas como noivas de Immortan Joe, dando início a uma corrida implacável. Com um visual de encher os olhos, o filme retoma a saga do Guerreiro das Estradas em grande estilo, apresentando um cenário fascinante, onde a anarquia e a insanidade dominam. Testemunhem!


FILME ALTERNATIVO: A Estrada 47




Essa produção nacional aborda a polêmica participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial (uma participação que muitos veem como inexpressiva, enquanto outros afirmam que a contribuição da FEB sempre foi menosprezada). Cinco soldados brasileiros e um jornalista se perdem do exército e precisam alcançar a estrada 47, no interior da Alemanha, para não serem deixados para trás. O filme chama atenção por sua excelente produção e por seus belos cenários, além da ótima direção de Vicente Ferraz.



COMICS: The Multiversity


Resultado de um planejamento de dez anos, essa minissérie em sete edições é um tributo do roteirista Grant Morrison aos heróis DC. A trama gira em torno de uma revista em quadrinhos que controla a mente de seus leitores. Cada edição tem seu próprio artista e se passa em uma dimensão paralela diferente. Não há continuações diretas, cada volume apresenta uma história fechada. A única ressalva é que se trata de um título difícil para leitores com pouca experiência no universo DC. No Brasil, a saga foi publicada na revista Multiverso DC.



ANIME/MANGA: Assassination Classroom



Essa comédia viajante gira em torno da Classe 3-E, uma sala de aula para onde vão apenas os alunos que são considerados casos perdidos. O professor dessa turma é Koro-sensei, um polvo humanoide cheio de poderes e habilidades especiais, totalmente dedicado a seus estudantes, mesmo que estes estejam sempre tentando matá-lo para salvar o mundo. Além de divertida, a série é uma grande critica à rigidez e à segregação promovidas pelo sistema educacional japonês (leia a resenha completa).



SERIADO: Sense8


Assinada pelos Wachowskis, essa produção do Netflix fala sobre oito pessoas de personalidades distintas que vivem em diferentes partes do mundo, mas que compartilham um elo mental que os permite conversar, trocar memórias e até "emprestar" o controle de seus corpos entre si. Caçados por um organização misteriosa, os oito precisam trabalhar juntos para sobreviver. O show apresenta um complexo mosaico de tramas e subtramas, além de se destacar pela diversidade cultural, racial e sexual de seus personagens.



GAME: Fallout 4



Após um apocalipse nuclear, o herói/heroína inicia uma jornada em busca de seu bebê sequestrado enquanto tenta se adaptar a esse novo mundo. Nesse jogo, tudo se trata de imersão. Muito mais RPG do que shooter, Fallout 4 é um simulador pós-apocalíptico no qual é preciso usar todos os recursos disponíveis para sobreviver e enfrentar as consequências de suas decisões. Nesse game, os jogadores têm liberdade  total para escolher como querem jogar: que missões cumprir, quem apoiar, etc. E cada decisão afeta a história e o mundo ao redor.

14 de dez. de 2015

[Conto] Joanna

Acho que eu tinha dez, talvez onze anos, quando conheci Joanna. Era véspera de Natal, como hoje. Eu passeava pelo centro da cidade com meus pais e minha irmã. Em algum momento me afastei um pouco… E foi quando a vi. Parecia ser mais velha um ano ou dois, tinha o rosto de uma boneca e o sorriso de um anjo. Brincamos, andamos de mãos dadas e conversamos. Eu nunca tinha conversado com uma menina até aquele dia.

— Você me ama, Breno? — meu coração bateu forte.

— P-por que essa pergunta?

— Porque eu amo você, mas só vou te beijar se disser que me ama também.

— A-acho que amo… não sei… é a primeira vez que me sinto assim…

26 de nov. de 2015

Adaptação de The Expanse estreia na TV

Mais uma série de livros está indo parar na TV e dessa vez é uma obra que curto muito: The Expanse, de James S. A. Corey (pseudônimo da dupla Daniel Abraham e Ty Franck).

O primeiro volume da série é Leviathan Wakes (que revisei aqui), atualmente já foram lançados cinco livros e a previsão é de que mais quatro venham por aí. Como todos os volumes ainda são inéditos no Brasil, por hora a única opção é adquirir os originais em inglês na Amazon.

The Expanse se passa 200 anos no futuro, quando todo o Sistema Solar foi colonizado e industrializado. Nesse cenário, três forças dominam: a imperialista Terra; Marte, que tornou-se independente à pouco tempo; e a OPA, uma organização que comanda as colônias que habitam o Cinturão de Asteroides.

A trama acompanha o jovem idealista Jim Holden e sua pequena tripulação, os últimos sobreviventes da destruição de uma nave cargueira. Enquanto tentam descobrir o que está por trás do ataque, trombam com Joe Miller, um detetive veterano que investiga o desaparecimento de uma moça chamada Julie Mao. Juntos, Holden e Miller descobrem que ambos os casos se conectam a uma conspiração que engloba todo o Sistema Solar e pode mudar os rumos da humanidade.

A adaptação estreia nos EUA no Syfy em 14 de dezembro. Ainda não há previsão de ser exibida por aqui, mas é bem provável que logo apareça na versão brasileira do canal.

23 de nov. de 2015

[Resenha] Eu Te Amo Mais, de Vanessa Sueroz

Pela primeira vez trago aqui no blog a resenha de um conto: Eu Te Amo Mais, de Vanessa Sueroz. O conto é dividido em duas partes e mais um bônus. Na primeira parte, lemos a carta que Marlene escreveu para Rodrigo, com quem já namora a anos.

Na divertida mensagem, Marlene lista uma série de razões e argumentos para provar que seu amor por Rodrigo é maior do que o amor que ele sente por ela. Na segunda parte encontramos a resposta de Rodrigo, também por carta, tentando provar que a verdade é justamente o contrário.

E assim, através de ambas as cartas, ficamos sabendo de toda a história do casal: como se conheceram, como começaram a namorar, a evolução do relacionamento e mais. Tudo é descrito de uma forma muito gostosa, mostrando os altos e baixos de uma relação amorosa de maneira leve, sem partir para o drama. Quem mantém um relacionamento a algum tempo certamente vai se identificar com várias passagens.

Em resumo, Eu Te Amo Mais é um ótimo e divertido conto, servindo como porta de entrada para a obra de Vanessa Sueroz!

Adquira por este link e ajude o blog a crescer:

9 de nov. de 2015

1º Congresso Nacional de Escrita Criativa

No próximo domingo, dia 15/11, vai ter início um super evento literário que será exclusivamente na internet. Trata-se do 1º Congresso Nacional de Escrita Criativa.

Serão nada menos que 27 palestrantes abordando todo tipo de temas: desde dicas de escrita a pontos como a carreira de escritor, criação de capas, divulgação e outros.

Quem quiser saber mais, pode acessar a página do evento no Facebook ou acessar o site oficial para fazer a inscrição gratuita.

5 de nov. de 2015

Enquete e sorteio de marcadores de "Minha Última Chance"

Uma das novas parcerias do Desatinos por Escrito é com o blog da colega autora Vanessa Sueroz. A partir de agora, teremos alguma novidades sobre o trabalho dela por aqui.

Para começo de conversa, ela está realizando uma enquete para escolher a capa do seu próximo livro Minha Última Chance. Ela também vai sortear marcadores autografados entre aqueles que participarem.

2 de nov. de 2015

[Dicas para Escrever] Como formatar um ebook para o kindle

Como não anda fácil entrar no mercado editorial por meios tradicionais, a auto-publicação é sim uma realidade e a Amazon é uma das principais plataformas para o lançamento de livros independentes.

Eu mesmo lancei Arcanista via Amazon.

Um dos pontos que mais causam dúvidas para quem escolhe essa plataforma é sobre a maneira correta de preparar um livro para ser lido no kindle. Quando pesquisei sobre o assunto não tive dificuldade em encontrar sites que traziam dicas, porém acabei me deparando com um problema: a grande quantidade de informação desencontrada. Os sites divergem sobre certos aspectos e, dificilmente, cobrem todo o processo de formatação e publicação de um ebook na Amazon

Agora, sem querer fazer propaganda nem nada, o melhor guia que encontrei foi o ebook Preparando o seu livro para o kindle, um tutorial elaborado pela própria Amazon que cobre todos as etapas do processo de formatação do arquivo, preparação da capa, envio de imagens e apresenta um passo a passo para a publicação do arquivo.

Quem se interessou pode baixar o livro gratuitamente pelo site da Amazon clicando aqui. Se não tiver o dispositivo kindle, basta baixar o aplicativo.

29 de set. de 2015

Top 5: Personagens que derrotariam Goku


Quem venceria uma luta entre Goku e Superman? Essa é a dúvida que tira o sono de cerca de três pessoas por ano. Deixando as brincadeiras de lado (mas nem tanto XD), quando um debate assim surge, os fãs de Goku são categóricos: não importa se são os lutadores de Street Fighter, o Naruto, o Homem de Aço ou todos os Vingadores juntos… O saiya-jin é o mais poderoso, vence qualquer personagem de qualquer mangá/comics/game/livro com uma mão nas costas e pronto.

Não dá pra negar que Goku possui uma quantidade absurda de poder de fogo (estamos falando de alguém que pode destruir um planeta inteiro sem suar!). Também é inegável que a maioria dessas projeções só levam em conta o poder bruto em um cenário de combate corpo a corpo. Decidi entrar nesse jogo com uma lista de cinco personagens que poderiam vencer Goku, apesar de todo o seu poder. Alguns um tanto inusitados. Claro que tudo não passa de uma brincadeira (ouviram, otakus?), mas para os autores que pensam em mostrar combates em suas obras, fica o recado: força bruta não é tudo, um pouco de criatividade dá tempero a uma situação de batalha.

Créditos das imagens: https://comicvine.gamespot.com/

26 de set. de 2015

Arcanista e o Facebook


Quem me segue no Facebook deve ter percebido que andei tendo alguns problemas para compartilhar os links do blog por lá. Após mandar muitas mensagens para a administração (muitas mesmo), fui atendido e o problema foi solucionado quase por completo.

Quase porque, embora outros links estejam liberados no Face, justamente o que fala sobre o lançamento de Arcanista continua bloqueado sob uma suspeita injusta de conteúdo inseguro.

Enquanto tento resolver essa questão, fiz esse novo post para compartilhar o Arcanista pelas redes sociais. E para essa tarefa peço a ajuda de todos os amigos deste blog. Curtam, compartilhem e, por favor, não deixem de me avisar sobre qualquer outro link bloqueado.

Antes de encerrar, deixo um agradecimento para o meu amigo Victório Anthony do Eu Não Pertenço a Lugar Nenhum, que comprou essa briga comigo.


3 de set. de 2015

Arcanista - lançamento


Já está disponível na Amazon meu novo livro Arcanista, uma distopia young adult que traz uma mescla de aventura, drama de sobrevivência, romance e política. Para adquirir, clique na capa ou no link mais abaixo.

Sinopse:

Marcel Seeder é um tímido rapaz de 16 anos que vive em Vera Cruz, uma nação dividida pelo jogo de poder entre o governo, o exército independente chamado Arcanum e a sombra do grupo ecoterrorista Voz Verde.



Marcel se preparou desde a infância para uma carreira militar como arcanista, seguindo os passos de seu pai. Entretanto, a visita oficial do Regente-Geral e de sua família à Arcanum irá deflagrar um terrível incidente. Para enfrentar a conspiração que busca assassinar Camilla Noble, a filha mais velha do Regente, Marcel precisará superar suas limitações e dominar a gema incrustada em sua mão.



Com uma narrativa cinematográfica, Arcanista é mais que uma história de superação e sobrevivência. É a história de pessoas que tentam encontrar seu lugar em uma sociedade com um complexo cenário político e um colossal abismo social que separa a elite e a classe menos favorecida.



Trata-se de um lançamento independente e, por hora, estará disponível apenas no formato e-book através da Amazon. Se você não tem um kindle, pode baixar um aplicativo gratuito para através deste link.

Desejo uma boa leitura e não deixem de comentar!

14 de ago. de 2015

De que tamanho é um livro? (ou A diferença entre conto, noveleta, romance, etc)

A ideia desse post surgiu de uma conversa com o Sandro Moura, do Tiozinho Nerd. E recentemente vi um em um grupo no Facebook aparecer a questão sobre quantas páginas um livro deve ter para ser considerado grande.

Em primeiro lugar, tenha em mente que medir o tamanho de um livro pela quantidade de páginas é coisa para os leitores. Entre autores, editores e outros profissionais que trabalham nos bastidores, um livro é medido pelo número de palavras.

Então: quantas palavras são necessárias para uma obra ser considerada um romance? Não resiste uma regra realmente estabelecida, mas é amplamente aceito (aqui no Brasil e lá fora) que um livro é um romance a partir de 40 mil palavras. Coincidência ou não, essa é exatamente a quantidade de palavras do ícone pop O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams.

Quanto às demais classificações, novamente não há regras. No Brasil é bastante comum uma tabela que divide a classificação em quatro tipos:

- Conto: até 7.500 palavras
- Noveleta: de 7.500 palavras a 17.500
- Novela: de 17.500 palavras a 40.000
- Romance: a partir de 40.000

Essa classificação varia um pouco em alguns países. Há versões americanas que tem seis ou mais tipos, mas no geral, esses valores são bastantes conhecidos e utilizados.

1 de ago. de 2015

Seleção para Seres Amazônicos

Saiu a lista com os contos selecionados para a antologia Seres Amazônicos com organização de Maurício Coelho.

A Face do Boto – Patrick Santos
A Fuga do Curupira – Inácio Oliveira
A Magia da Floresta – Sirius
A Misteriosa Origem dos Filhos D’água – JBAlves
A Pedra Verde das Icamiabas – José Lucas dos Santos Costa
A Proposta – Santiago Castro
A Sereia Sem Canto – Priscila Machado
A Vingança da Sereia – Amauri Chicarelli
Estrada Inca – Jean Thallis
Guardiões – Francélia Pereira
Matita Maria – Hileane Barbosa Silva
No Coração da Selva – Alfredo Alvarenga
O Bezerro Rosilho – Ailton Silva Favacho
O Bravo Pirarucu – Raphael Miguel
O Coronel e o Lobisomem – Ana Rosa de Oliveira
O Criador de Lendas – Jhon Mark
O Fogo de Angatu – Wilson Faws
O Grito veio da Floresta – Bruno Eleres
O Mapinguari – Edweine Loureiro
O Porto – Anderson do Couto Candido
O Saci – Gustavo Valvasori
O Tabaco da Caipora – Moisés Diniz 
Os Dois Deuses e o Senhor da Travessura – V. M. Gonçalves
Runolfo e o Encantamento da Cobra Ajuritana – Márcio Fernandes Conceição
Saci da Floresta – Fred Sá Teles
Suindara – Ed Rastum
Um Amor – Endell Menezes

20 de jun. de 2015

[Resenha] A Torre Acima do Véu, de Roberta Spindler

A trama de A Torre Acima do Véu fala sobre um futuro pós-apocalíptico. Tudo começa quando uma densa névoa surge sem aviso e cobre o mundo. Aqueles que entram em contato com a neblina acabam mortos ou transformados em monstros deformados. Aos sobreviventes restou buscar abrigo em gigantescos arranha-céus que sobem acima da nuvem tóxica. Cinquenta anos se passaram desde então e, à medida em que a população se esquece como era a vida antes da névoa, uma nova ordem social é organizada.

É nesse cenário que conhecemos Beca, uma jovem temperamental dotada de habilidades acrobáticas sobre-humanas. Ela vive na mega-cidade Rio-Aires e ganha a vida vasculhando áreas de névoa em busca de itens de valor. Claro que essas missões são perigosas, já que além de não contar com o melhor equipamento, ela precisa lidar com concorrentes e com as criaturas que habitam a névoa, os monstruosos Sombras.

Em suas missões, Beca conta com o suporte de seu irmão Edu e seu pai adotivo Lion. Os três moram numa área que está sob o comando de Emir, líder da Torre, o maior arranha-céu de Rio-Aires. Embora Emir venda a ideia de estar sempre trabalhando pelo bem estar de todos, a verdade é que a vida nos mega-edifícios é uma luta diária de poucos confortos e há outras facções que disputam o poder com a Torre. Outra figura importante na trama é Rato, um rapaz cheio de segredos, que surge como antagonista e possível interesse amoroso de Beca.

A Torre Acima do Véu é um livro que mistura elementos de distopia young adult e survival horror, trazendo uma ambientação que o destaca de outras obras do gênero, tanto que eu gostaria que um pouco mais de tempo para mostrar melhor a política e o jogo de poder entre as diferentes facções. Vale ressaltar que a maioria dos personagens são afrodescendentes (incluindo a própria Beca) ou mulatos. Uma boa sacada da autora.

Falando sobre personagens, Beca é uma garota de temperamento explosivo. É sempre bom ver uma protagonista feminina independente, mas em alguns momentos ela assume uma postura desnecessariamente agressiva, além de ter uma personalidade um pouco rasa, assim como os demais personagens do livro. A narrativa tem um estilo ágil e dinâmico, o vocabulário é bastante acessível.

Uma coisa que me incomodou um pouco foram as mudanças rápidas de ponto de vista. Textos que abordem a visão de vários personagens simultaneamente não me incomodam, mas aqui elas são tão raras que quando acontecem acabam criando certa confusão. O final é inconclusivo, deixando claro que haverá um segundo volume (pelo twitter, a Roberta me revelou que não será uma continuação direta, e sim uma história ambientada no mesmo universo).

Em última análise, A Torre Acima do Véu é um bom livro. A ambientação é interessante e as sequências de ação são de tirar o folêgo. Fica a impressão de que não alcançou todo o potencial, mesmo assim, vale a leitura. Recomendado!


A TORRE ACIMA DO VÉU
Autora: Roberta Spindler
Páginas: 270
Lançamento: 2014
Editora: Giz Editorial

12 de jun. de 2015

[Conto] Licença Maternal

Ladrões, sequestradores, pedófilos, estupradores, assassinos… Esse tipo de gente não me assusta; lidar com o pior da Sociedade é meu trabalho. Mas o que vou fazer agora, isso sim, mexe comigo. É o futuro da minha vida familiar que está em jogo.

Confiro minha aparência no espelho do fundo do elevador. Dou uma ajustada na armadura policial modelo copsuit de placas nanopolimetrícas azuis sobre um colante preto à prova de balas, fogo, eletricidade e sei lá mais o quê. Pesa menos de um quilo, mas o manual garante que aguenta até um tiro de canhão de plasma.

— Nervosa, Sandra? — pergunta o capitão Álvaro, sua hierarquia superior garante uma copsuit um pouco mais sofisticada. No espelho, o vejo dar aquele sorriso com o canto da boca, enquanto encara minha bunda, me comendo com os olhos. Nenhuma novidade.

29 de mai. de 2015

[Game] Dragon Ball Xenoverse


Dragon Ball Z é um anime que conta as batalhas de Son Goku, um saiyajin criado na Terra que… er… bom, vocês sabem.

Os Guerreiros Z tem uma longa trajetória no mundo dos games, com um grande lançamento em quase todos os anos. Jogos que nos últimos tempos tem sofrido para escapar da sombra de Budokai 3, que apesar de ter sido lançado em 2004 (duas gerações e mais de uma década atrás), ainda é considerado pela maioria o melhor game de DBZ já feito.

Tentando sair dessa sombra, Dragon Ball Xenoverse chegou para diversas plataformas no começo de 2015 com uma proposta mais ambiciosa que os jogos recentes de Goku & Cia. A começar pelo fato de não ser um game de luta tradicional. O foco está todo em uma campanha que mescla elementos de RPG.
Tudo começa quando uma força misteriosa aumenta o poder dos vilões Freeza, Cell e Maijin Buu em diferentes momentos da história, provocando mudanças perigosas na linha do tempo. Trunks, que agora é membro da Patrulha do Tempo, pede para Shenlong lhe enviar um aliado poderoso o bastante para ajudar na nova batalha.

Esse aliado é ninguém menos que você. Em Xenoverse, você cria o seu próprio Guerreiro ou Guerreira Z, toma parte em algumas das batalhas mais memoráveis de Dragon Ball Z e interage com os heróis clássicos, o que resulta em pequenas mudanças em comparação com a história original. No momento da criação, é possível escolher entre cinco raças diferentes e, com a campanha rolando, dá para customizar as roupas e técnicas especiais — como o mundo de DBZ não precisa de mais caras bombados, eu joguei com uma garota saiyajin que evoluiu até super saiyajin 2.


O sistema de batalha é bem diferente do tradicional um-contra-um lateral. As lutas acontecem em grandes cenários abertos e combates em grupo. No começo, estranhei um pouco, mas assim que se pega o jeito, tudo fica bem instintivo. É notável o cuidado que tiveram para reviver o clima do anime: movimentos, golpes e até efeitos sonoros foram recriados com perfeição. Só a escala de destruição é que deixa um pouco a desejar.

Esse cuidado reflete o quanto o game é voltado para os fãs. Falam em distorções no tempo, mas em nenhum momento explicam quais mudanças ocorreram, assumindo que os jogadores já sabem que Raditz não deveria derrotar Goku e Piccolo.

A má notícia é que Xenoverse tem pontos negativos demais para serem ignorados. Os maiores estão justamente nas batalhas. Embora as lutas empolguem no começo, com o tempo elas se tornam um tanto repetitivas, já que todos os personagens seguem mecânicas de combate semelhantes. A câmera é aberta, movendo-se de forma independente; infelizmente, como é comum em câmeras desse tipo, tudo fica muito confuso quando o jogador se aproxima das paredes.

Há duas opções de dublagem: japonês e inglês, sendo que esta última possui uma sincronia labial sofrível. Apesar dos menus e legendas estarem em português, o trabalho de tradução e adaptação não foi bem feito. Alguns personagens e técnicas são chamados por mais de um nome e são utilizados substantivos e pronomes masculinos com as personagens femininas o tempo todo. Nada que atrapalhe muito, mas incomoda.

Concluindo: Dragon Ball Xenoverse acerta em muitas coisas, mas também tem muitos pontos negativos. É possível se divertir bastante com o jogo, desde que você seja capaz de relevar esses problemas.

Plataformas: PS3, PS4, XBox 360, XBox One, PC
Gênero: luta
Estúdio: Bandai Namco
Lançamento: 2015

15 de mai. de 2015

[Resenha] A Lenda da Ruff Ghanor: O Garoto-Cabra, de Leonel Caldela

O Garoto-Cabra é o primeiro volume da série de fantasia A Lenda de Ruff Ghanor. Embora tenha sido escrito por Leonel Caldela, o livro não é uma criação sua. Como o prefácio explica, Ruff e seu mundo surgiram durante as sessões de RPG da equipe do site Jovem Nerd (gravadas em forma de podcast). O nome de Caldela só entrou nessa história depois, quando a equipe do site decidiu lançar uma versão romanceada das aventuras criadas por eles.

[Pausa para um adendo sem nenhuma ligação com a resenha] Sempre me interessei muito pelos RPGs de mesa, mas infelizmente, minhas experiências como jogador e mestre se resumem a meia dúzia de sessões disputadas há muito tempo, em uma galáxia distante. [/Fim da pausa. Voltemos à resenha]

O livro começa quando dois acólitos de São Arnaldo (o correto seria “santo”, mas há uma explicação para o erro) encontram um menino perdido e o veem usar magia para matar dois monstros. O garoto recebe o nome de Ruff e passa a viver no mosteiro. Após descobrir que o menino é descendente da antiga linhagem Ghanor, o prior lhe impõe um rigoroso treinamento físico e mental, acreditando que o jovem está destinado a acabar com o reinado de terror do dragão Zamir.

A Lenda de Ruff Ghanor é, claramente, um blockbuster. Sua proposta é a diversão pela diversão. E verdade seja dita, o livro é bastante honesto quanto às suas intenções e em momento algum tenta parecer mais sério ou denso do que realmente é. Essa é a maior qualidade de O Garoto-Cabra, e também seu maior defeito.

Estamos falando uma obra de alta fantasia, então espere por magias mirabolantes, combates exagerados e raças não-humanas, como o dragão e seu exército de hobgoblins. Como é possível notar pela sinopse, o livro apresenta um cenário bem familiar aos fãs de fantasia medieval: guerreiros e clérigos, heróis predestinados, dragões malignos… e por aí vai.

Os próprios personagens incorporam os arquétipos típicos do gênero. Além do nosso herói, outras figuras de destaque são: Korin, aprendiz de guarda, alivio cômico e melhor amigo de Ruff; o prior do mosteiro, um homem misterioso e rígido, totalmente devotado a preparar Ruff para seu destino; e Áxia, uma jovem rebelde e (aparentemente) única garota do mundo, além de interesse romântico de Ruff. Um romance que nunca conseguiu me convencer de verdade, me deixando com a impressão de acontecer apenas pela necessidade de haver um casal.

Uma consequência negativa da narrativa rasa é que todo os personagens parecem viver em função do protagonista, e não só eles. Tudo no livro gira ao redor de Ruff Ghanor. Se alguém morre doente, é para que ele aprenda uma lição; se uma batalha é travada, serve para que ele entenda seu lugar no mundo.

Essa falta de profundidade dos personagens se espalha para o cenário da aventura, descrito de forma rasa e um tanto genérica.

Dito tudo isso, é preciso deixar claro que não achei que o livro só tem pontos negativos. Apesar dos defeitos, a obra consegue divertir em vários momentos e, por ser uma leitura relativamente rápida, não exige um grande investimento de tempo. O plot twist no final é genial e abre um leque imenso de possibilidades para o próximo volume.

Quem procura algo mais denso, pode se decepcionar com A Lenda de Ruff Ghanor: O Garoto-Cabra, mas pode ser uma boa opção para quem estiver à procura de uma diversão mais simples e despretensiosa.

A LENDA DE RUFF GHANOR: O GAROTO-CABRA
Autor: Leonel Caldela
Lançamento: 2014
Páginas: 320
Editora: Nerdbooks

1 de mai. de 2015

Top 5 - Mães

Depois de um bom tempo, está na hora de mais um Top 5, e já que o mês de maio chegou, que tema mais adequadado do que as mães da ficção? Sempre presentes em dramas e slices of life, normalmente as mães são relegadas a posições discretas na fantasia e na ficção científica. Porém, independente do gênero, quando o assunto é cultura pop, poucas delas ocupam um lugar de destaque. Porém, nem todas se conformam a ficar em segundo plano e é sobre elas que vamos falar hoje. Aqui vai uma lista com as minhas cinco mães favoritas da ficção.

5 – Trisha Elric (Full Metal Alchemist)


É a grande “mãezona” dessa lista. Abandonada pelo marido, Trisha cria sozinha seus dois filhos, Edward e Alphonse, sem deixar de ser uma mulher doce e carinhosa. O amor dos garotos por ela é tamanho que, após seu falecimento por conta de uma doença, tentam ressuscitá-la usando alquimia. Infelizmente, o resultado é um verdadeiro desastre. No anime, anos após o incidente, Ed e Al descubrem que, de fato, Trisha voltou à vida, não mais como uma mãe amorosa e sim como a implacável vilã Sloth.

4 – Sara Pezzini (Witchblade)


Independente, exuberante e badass de plantão, Sara nunca vacila diante do perigo, seja limpando as ruas como policial, seja enfrentando ameaças sobrenaturais com a manopla mágica Witchblade. Após passar uma noite com seu eterno inimigo/amante Jack Estacado, o Darkness, fica grávida e vem ser a mãe de Hope, uma menina calada e dotada de misteriosos poderes que a tornam a chave para a salvação de todo o universo, mas apenas através de seu sacrifício. Num momento extremo, Sara escolhe salvar o mundo em troca da vida da própria filha.

3 – Mística (X-Men)


Raven Darkholme é uma mutante com poderes transmórficos, ou seja, pode mudar de aparência à vontade; tais poderes, e sua enorme sagacidade, a tornam uma das pessoas mais perigosas do planeta! Apesar de ser uma vilã, já ajudou os X-Men em diversas oportunidades, além de possuir ligações com alguns de seus membros: é mãe biológica de Noturno e adotiva de Vampira. Recentemente, descobriu-se que Mística se casou secretamente com o Professor Xavier e desse relacionamento nasceu Charles Xavier Jr. Como se não bastasse, Raze, um jovem mutante vindo do futuro, alega ser fruto de um caso que ela terá com Wolverine.

2 – Mulher-Invisível (Quarteto Fantástico)


Pesquisadora, astronauta e super-heroína; esse é o currículo de Susan Richards. Sue co-fundou o Quarteto Fantástico após um acidente com raios cósmicos lhe dar poderes telecinéticos e a habilidade de ficar invisível. É casada com seu colega de equipe, Reed, o Sr. Fantástico, com quem teve dois filhos: Franklin, de dez anos, e a brilhante e marrenta Valéria. Beirando os quarenta, Sue conserva a boa forma e, mesmo amando muito seu marido, há tempos mantém um relacionamento extraconjugal com Namor, o Príncipe Submarino.

1 – Bulma (Dragon Ball, DBZ/GT)


Bulma é dos poucos (e certamente o maior) cérebros no mar de músculos de DBZ. A primeira colocada desse ranking é herdeira da Corporação Cápsula e namorou o guerreiro Yamcha por anos, mas quando a relação chegou ao fim, arrastou asa para ninguém menos que o príncipe dos Saiyajins, Vegeta. Mesmo sem se casarem, tiveram um filho chamado Trunks; tempos depois, com a relação mais estável, tiveram outra filha, Bra. Genial (e geniosa), Bulma é a criadora do Radar do Dragão e chegou até a construir uma máquina do tempo, provando ser mais que um rostinho bonito.

18 de abr. de 2015

Chamada para a antologia "Seres Amazônicos"

A Editora Novo Romance está com as inscrições abertas para uma nova antologia. Abaixo segue a sinopse e o link para o edital da antologia.

O coração de uma floresta guarda mistérios que nenhum ser humano jamais seria capaz de imaginar. Longe da luz das cidades e do barulho dos carros, lendas sobre os mais diversos assuntos divertem e assustam os moradores desse mundo selvagem. Quais são os mistérios que cercam uma floresta intocada? Isso você descobre na antologia Seres Amazônicos.

11 de abr. de 2015

[Audioconto] "Eva & Morte" no Desleituras


Meu amigo Pensador Louco está trabalhando num projeto de audiocontos muito legal chamado Desleituras. É o próprio Pensador quem faz todo o trabalho, incluindo a narração e a edição da trilha sonora. O resultado é um trabalho de alto nível!

O sexto episódio de Desleituras apresenta um conto de minha autoria: "Eva & Morte", que vocês podem acessar clicando aqui ou na imagem. E não deixem de conferir os outros episódios também.

4 de abr. de 2015

O Drone Saltitante - Diversidade na Ficção


Pense nas obras que você curte na TV, cinema, quadrinhos, etc. Agora pense: em quantas dessas obras, a maioria absoluta dos personagens é de homens brancos heterossexuais? E quantos obras de autores negros você conhece?

Minha opinião é que a diversidade é uma questão sobre a qual todos os autores deveriam refletir.

Esse foi o tema de um excelente episodio d'O Drone Saltitante, um podcast de literatura que acompanho com frequência. Para esse debate, os apresentadores Igor Rodrigues e Diana Ruiz receberam a autora Lady Sybyla. Clique aqui ou na imagem para acessar.

21 de mar. de 2015

[Anime] Assassination Classroom (Ansatsu Kyoushitsu)

"Pensei que era só um monstro, mas ele é mesmo um professor."

Quando se fala da comédia Assassination Classroom (também conhecido como Ansatsu Kyoushitsu, ou em português: Classe de Assassinato), o mais difícil é saber por onde começar.

A figura central da história é um polvo humanóide amarelo com um sorriso permanente no rosto. Essa figurinha é responsável por um explosão que devastou 70% da Lua. Após ameaçar fazer o mesmo com a Terra, fecha um acordo com o governo: atrasar seus planos por 1 ano em troca de se tornar professor, assim ele esperaria até o encerramento do período de aulas.

Eis que entra em cena a Classe 3-E. Ainda que seja ligada a uma escola de elite, nessa turma só estudam os alunos com as piores notas. A sala, inclusive, fica afastada do prédio principal, no meio do mato. É justamente para essa sala que o nosso amigo polvo é enviado, sendo chamado pelos alunos de Koro-sensei.

Além de estudar, os alunos da Classe 3-E estão constatemente tentando assassinar Koro-sensei, de olho numa recompensa de 10 bilhões de ienes, mas essa não é uma tarefa fácil, já que ele pode voar, se mover em mach 20 (vinte vezes a velocidade do som), regenerar ferimentos rapidamente e só é ferido por um material chamado BB, criado especialmente para ser usado contra ele.

A essa altura, você pode estar pensando que eu contei muito da história. Ledo engano. Tudo isso é apenas a introdução desse divertido anime.


Baseado no mangá de Yusei Matsui (publicado no Brasil pela Panini), o anime estreou no começo deste ano e ainda está em exibição no Japão. Serão 22 episódios no total.

Assassination Classroom é um comédia focada nas situações inusitadas que ocorrem dentro da Classe 3-E. Ao mesmo tempo em que os alunos estão sempre tentando surpreender Koro-sensei com armadilhas, veneno ou simplesmente abrindo fogo contra ele, aceitam de bom grado sua ajuda nos estudos. De fato, o polvo amarelo é bastante dedicado e a maioria da turma o considera o melhor professor que já tiveram.

Embora o personagem condutor da trama seja o androgino Nagisa Shiota, não há um protagonista. Cada episódio tem o foco voltado em um personagem diferente ou em uma situação na qual um grupo de alunos se vê envolvido. Também merecem destaque Karma Akabane, melhor aluno da turma e psicótico de carteirinha, Karasuma, agente do governo e professor de educação fisíca e Irina Jelavic, assassina profissional e professora de inglês ("carinhosamente" apelidada de bitch-sensei).

Mas nem tudo são flores. Uma coisa que o Sandro Moura, do Tiozinho Nerd me ajudou a perceber é que por trás do bom humor há uma crítica à segregação promovida pelo sistema educacional japonês. A Classe 3-E existe para fazer os demais alunos se esforçarem ao máximo, sob o risco de serem enviados para lá.

Somando todos esses elementos, Assassination Classroom é um seríssimo candidato à anime do ano e já desponta como um novo clássico. Recomendado!

7 de mar. de 2015

Tag: Livros

Quem me marcou nessa brincadeira foi o Sandro Moura, do blog Tiozinho Nerd. São dez perguntas sobre os últimos livros que li e os próximos que pretendo ler.

2014

1) Um livro que te surpreendeu em 2014:
O que mais me surpreendeu foi O Aprendiz de Assassino, de Robin Hobb que até já resenhei aqui no blog. Foi um livro que peguei com poucas expectativas, mas que no fim das contas, gostei tanto que acabei partindo logo para o resto da série.

2) Um livro que te decepcionou em 2014:
Maze Runner, de James Dashner. O livro parte de uma premissa muito interessante e, na verdade, não é ruim, mas não conseguiu me empolgar a ler os volumes seguintes. O que me leva à próxima questão...

3) A melhor adaptação que viu em 2014:
Novamente, a resposta é Maze Runner. O filme é bem divertido e achei melhor que o livro, com o roteiro mais redondo e bem amarrado. Também gostei de Jogos Vorazes.

4) Um livro que não conseguiu terminar em 2014:
Não foi um livro, mas uma série. Comprei um box com os cinco volumes já lançados de As Crônicas de Gelo & Fogo e ainda não consegui ler todos.

5) Quantos livros leu em 2014?
Não tenho certeza, mas acho que foram 15.

2015

6) Um livro que está ansioso para ler em 2015:
O que mais estou na expectâtiva é por Caliban's War, terceiro volume da série The Expanse.

7) Um desafio que se propôs em 2015:
lancei um e-book em 2014. Esse ano, quero escrever e publicar um livro por uma editora. Na verdade, esse projeto já está em andamento.

8) A adaptação mais aguardada por você em 2015:
Além das continuações de Jogos Vorazes e Maze Runner, quero ver No Coração do Mar, que eu nem sabia que tem livro.

9) Uma leitura que pretende retomar em 2015:
Quero terminar As Crônicas de Gelo & Fogo.

10) Três livros da sua meta para 2015:
Só três? Aí fica difícil! Esse ano, quero ler mais nacionais que no ano passado. Entre eles A Torre Acima do Véu, de Roberta Spindler, Cemitérios de Dragões, de Raphael Draccon e A Lenda de Ruff Ghanor, de Leonel Caldela.

28 de fev. de 2015

Revista NUPO #01

Para quem não conhece, o NUPO é um blog de cooperação criativa. Uma reunião para divulgar novos trabalhos e, ao mesmo tempo, ajudam-se uns aos outros. Criado em 2013, o NUPO agora dá mais um passo à frente e lança o primeiro número de sua própria revista digital.

No total, são 88 páginas de conteúdo inédito que inclui quadrinhos, matérias e também contos literários, incluindo um conto de minha autoria: "A Joia do Dragão".

Clicando na capa abaixo, você pode saber mais sobre a revista e conferir as opções de download e leitura online, tudo gratuito. Boa leitura!


25 de fev. de 2015

De Casa Nova

Olá, todo mundo! Não se confundam, o banner e o endereço podem ser outros, mas este é o bom velho Blog do Joe de Lima. O que acontece é que devido a um erro de servidor (ao menos eu acho que seja isto), não é mais possível compartilhar os links do meu blog tradicional no Facebook, uma plataforma que sempre foi muito importante para mim em termos de divulgação.

E como todo blogueiro sabe: divulgação é tudo! Por essa razão, o jeito foi fazer as malas e partir para encontrar uma nova moradia.

Sejam bem-vindos ao Desatinos por Escrito, minha nova casa na blogosfera!

A boa notícia é que todas as postagens, comentários e conteúdo do Blog do Joe de Lima está aqui. O velho continuará sendo atualizado por algum tempo, mas peço a todos que passem a acessar a partir deste novo endereço. Peço também que curtam, compartilham, comentem e, acima de tudo, sintam-se à vontade nesse novo lar!

21 de fev. de 2015

[Resenha] Leviathan Wakes, de James S. A. Corey

Muita gente ainda torce o nariz para os e-books. Pessoalmente, eu também prefiro os livros impressos, não tenho nada contra os virtuais. Ao contrário, graças ao crescimento dos sites de venda de livros digitais, não é mais preciso esperar que as editoras brasileiras importem aquela obra que você tanto quer ler (é claro que ainda existe a questão do idioma).

No meu caso, a obra em questão é Leviathan Wakes, inédita no Brasil (situação que pode mudar, já que uma adaptação para a TV está em produção). Este é o primeiro volume da série de alta ficção cientifica The Expanse, escrita por dois autores: Daniel Abraham e Ty Franck sob o pseudônimo James S. A. Corey. Nessa resenha vou manter os termos de acordo com a versão original, em inglês.

A trama de Leviathan Wakes se passa alguns séculos no futuro e, embora ainda não existam viagens interestelares, todo o Sistema Solar foi colonizado. Nesse cenário, existem duas forças dominantes em constante tensão: Terra e Marte (que fique bem claro que os marcianos do livro não são alienígenas, mas sim humanos que nascem e vivem nas colônias do planeta); além destes, uma terceira facção vem ganhando força: a OPA (Outer Planets Aliance), organização que comanda o Cinturão de Asteroides, onde vivem os Belters, cuja sociedade foi erguida em estações espaciais e em cidades construídas no interior dos asteroides maiores.

O livro acompanha duas tramas paralelas: no asteroide Ceres, o detetive John Miller aceita a tarefa de encontrar uma jovem desaparecida chamada Julie Mao, a filha rebelde de um dos homens mais ricos do Sistema Solar. Ao mesmo tempo, no espaço, uma nave cargueira é alvo de um ataque e apenas cinco membros da tripulação conseguem escapar: o imediato James Holden, a especialista em comunicações Naomi, o mecânico Amos, o piloto Alex e Shed, um médico. Enquanto busca respostas para o que aconteceu com sua nave, Holden torna-se acidentalmente o pivô de um evento que deflagra uma guerra entre Terra e Marte. O confronto, no entanto, pode não passar de um subterfúgio para esconder um segredo capaz de abalar o Sistema Solar.

Olhando assim, o cenário de Leviathan Wakes parece demasiadamente complexo, mas as intrigas políticas ficam em segundo plano na maior parte do tempo, favorecendo cenas de ação e tensão que vão de tiroteios a confrontos de naves espaciais, em cenas que evocam, hora Star Wars, hora Jornada nas Estrelas.

Esse livro é um dos melhores exemplos de narrativa cinematográfica que já vi. O ritmo é rápido e as reviravoltas são constantes. Os capítulos acompanham alternadamente os pontos de vista de Holden e Miller, personagens que não poderiam ser mais diferentes. Holden é um cowboy do espaço: jovem, idealista, temerário e metido a conquistador; ao passo que Miller é um detetive noir: veterano, amargo e de espírito quebrado. As sequências em que os dois estão juntos são as melhores de Leviathan Wakes; afinal, uma coisa é estar dentro da cabeça de um personagem e entender que motivos o levaram a agir, outra coisa é ver a ação pura e simples pelo ponto de vista de outra pessoa.

O maior defeito do livro é o fato de seus personagens serem um pouco planos demais, com poucas camadas de personalidade. Ainda assim, a construção de mundo e a trama interessante compensam esse ponto negativo.

Leviathan Wakes é acima de tudo, um livro muito divertido. Para quem não tem problema com a língua inglesa, fica a dica. Para os demais, fica a torcida para que essa obra apareça em nossas livrarias. Recomendado!

LEVIATHAN WAKES
Autor: James S. A. Corey
Lançamento: 2011
Páginas: 448
Editora: inédito no Brasil