30 de abr. de 2018

Chamada para a antologia "Fantásticos"

Hoje trago uma antologia com uma proposta diferente. Fantásticos traz tem a proposta de ser uma obra de literatura inclusiva. Nessa coletânea, os contos devem mostrar personagens com algum tipo de deficiência.

A organização é da minha amiga Nuccia de Cicco (do blog parceiro As 1001 Nuccias) e será publicada pela editora Sinna. Abaixo seguem a sinopse e os links:

"Culturalmente, a sociedade foi ensinada a esconder seus defeitos, menosprezar quem os têm, considerar tais pessoas como incapazes, como coitadinhos dependentes.

Mas a deficiência é apenas uma das características que os constituem como indivíduos: uma pessoa pode ter uma deficiência, sem ser deficiente.

Pessoas com deficiência buscam viver com autonomia, sofrem diferentes formas de preconceitos no dia a dia, lutam por direitos e adaptações. Podem ter necessidades específicas, porém possuem força de vontade e coragem para enfrentar o mundo que os isola, para conquistar um amor, para sobreviver a uma guerra, para manterem suas profissões e até mesmo para enfrentar outros mundos e dimensões ou se tornar criaturas místicas.

A Antologia Fantásticos vem desmistificar conceitos, ensinar que superação nem sempre é sinônimo de heroísmo e ampliar a representatividade das pessoas com deficiência na literatura nacional".

> Clique aqui para ler o edital completo
> Mais informações no blog As 1001 Nuccias

24 de abr. de 2018

[Resenha] Melodia Mortal, de Pedro Bandeira & Guido Carlos Levi

Livros, TV, quadrinhos, games... Sherlock Holmes está em toda parte. Sua fama não vem apenas dos livros escritos por seu criador Arthur Conan Doyle. Como se trata de um personagem em domínio público, qualquer um pode escrever uma história com ele.

Mas essa resenha não é pra falar de qualquer um, mas sim de um dos meus autores nacionais favoritos: Pedro Bandeira, da ótima série infanto-juvenil Os Karas. Melodia Mortal foi escrito por Bandeira em parceria com Guido Carlos Levi.

Antes de me aprofundar na resenha, preciso dizer que esse livro traz uma das propostas mais diferentes que já vi.

16 de abr. de 2018

Top 5 - Super-heróis fora do eixo Marvel/DC que merecem adaptações

Os super-heróis Marvel e DC estão em toda parte: no cinema, nos seriados, nos games e, é claro, nos quadrinhos. Com um domínio tão grande, quase não sobra espaço para outros heróis fantasiados, mas isso não quer dizer que não existam histórias alternativas de qualidade, na maioria das vezes trazendo abordagens diferentes e desconstruções do gênero.

Aqui vai um pequeno ranking com 5 super-heróis e heroínas fora do eixo Marvel/DC que poderiam render boas adaptações.

Créditos das imagens: Comic Vine

5 - Fantasma


Na Era das grandes navegações, um navio de expedicionários é atacado por piratas nas costas africanas. O único sobrevivente é o garoto Christopher Walker, que chega às praias de Bangalla, onde é socorrido por nativos. Já adulto, Christopher jura combater a injustiça e passa a vestir o manto violeta do Fantasma. O traje é passado de geração em geração, criando a lenda de que o Fantasma é imortal, o "Espirito que Anda".

Criado por Lee Falk lááá em 1936, Fantasma foi o primeiro herói mascarado dos quadrinhos. Poderia render um filme de época, criticando a colonização europeia, ou uma filme moderno, combatendo as guerrilhas africanas.


4 - Space Ghost


Um dos mais saudosos heróis da Hanna-Barbera, Space Ghost combatia tiranos que governavam planetas, raças alienígenas hostis e monstros antigos, sempre armado com braceletes capazes de disparar uma variedade de feixes de energia. Mais tarde, os quadrinhos revelaram sua origem como um pacificador que foi atacado por seus próprios companheiros corruptos. Dado como morto, retorna sob a máscara de "herói fantasma do espaço".

O sucesso de Guardiões da Galáxia é uma prova que misturar super-heróis e space opera pode dar muito certo. Uma adaptação de Space Ghost poderia ficar num meio termo entre Star Wars e Star Trek, além de render cenas  de batalha espacial incríveis.



3 - Witchblade



A Witchblade é uma antiga manopla que concede à policial Sara Pezzini poderes místicos e protege seu corpo como uma armadura mágica. Além de combater a criminalidade do dia a dia, Sara lida com feiticeiros urbanos, artefatos amaldiçoados e deuses antigos. Como se não fosse trabalho o bastante, ela ainda enfrenta os desafios de criar sua filha Hope.

Uma adaptação com a heroína teria muita ação e sensualidade, e também poderia servir como ponto de partida para um universo compartilhado no cinema, uma vez que outros personagens da Top Cow, como Darkness e Angelus, também poderiam render boas adaptações.



2 - Invencível



Mark Grayson levava uma vida normal de adolescente, dividindo o tempo entre as aulas, o emprego de meio período e as primeiras namoradas. Só que Mark também é filho do Omni-Man, o maior super-herói do mundo. Quando seus poderes começa a se manifestar, ele passa a dividir seu cotidiano com a vida como o herói Invencível.

Assinadas por Robert Kirkman (criador de The Walking Dead), as HQs de Invencível se destacam por trazer um forte elemento humano. Uma obra baseada nessas histórias traria um equilíbrio entre ação, drama e humor, uma fórmula de sucesso quando bem trabalhada.



1 - Ladybug



Os miraculous são sete artefatos que concedem poderes mágicos a seus portadores. Nos tempos modernos, um desses foi parar nas mãos de Marinette Dupain-Cheng, uma adolescente impulsiva e um tanto estabanada. Com o miraculous, Marinette recebe o poder de criar e restaurar objetos e se torna Ladybug, a defensora de Paris.

Vindo diretamente da França, Miraculous: Ladybug se tornou uma sensação mundial, incluindo no Brasil onde é exibida no canal Gloob e costuma ficar em primeiro lugar na audiência da TV fechada. Com o investimento adequado, um filme live-action teria tudo para se tornar um fenômeno de bilheteria, misturando ação e aventura com romance teen.

2 de abr. de 2018

[Tem na Netflix] Penny Dreadful


Em meio à neblina da Londres vitoriana, um caçador aposentado é atormentado pelo sequestro da filha, uma bruxa católica tenta fazer as pazes com seu passado, um pistoleiro bêbado leva uma vida isolada, um sedutor milionário busca uma companheira e o cientista Victor Frankenstein precisa lidar com a raiva e a amargura de sua criatura. Ao mesmo tempo, vampiros, lobisomens e seres sobrenaturais espreitam nas sombras.

Esse é o mundo de Penny Dreadful, produção do canal Showtime (ligado à HBO) e certamente uma das melhores séries dos últimos anos.

A série mescla diversos elementos dos livros clássicos de terror da Era Vitorina: Drácula, Dorian Grey, o já mencionado Frankestein, etc. O resultado é uma história trágica e ao mesmo tempo bela, que combina terror, drama e filosofia.

O elenco inclui nomes de peso como Timothy Dalton, Eva Green, Billie Piper e Josh Hartnett, entre outros. Com uma equipe desse nível, não é surpresa que vários episódios tragam atuações poderosas, dando vida e carisma a figuras trágicas. Ainda no quesito atuação, destaco as performances maravilhosas do quarto episódio da terceira temporada "A Blade of Grass".

A produção da série é impecável e os cenários são de encher os olhos. Ao todo, foram 3 temporadas e todas estão disponíveis na Netflix.

Abaixo, fiquem com um trailer sem spoilers da terceira temporada. Escolhi esse vídeo porque mostra todos os personagens e é o que melhor capta a essência dessa série. Se você nunca assistiu, trate de corrigir esse erro