Quase natal, fim de ano chegando. Talvez esse seja o último tópico desse ano, afinal ninguém é de ferro, né? Uma folguinha de vez em quando, cai bem.
Antes de fechar pra balanço, quero deixar alguns pensamentos aqui. Como vocês sabem, a vida de um quadrinhista não é bolinho. Quero falar um pouco sobre essas dificuldades e os obstáculos que estão em nosso caminho.
Meu objetivo com esse texto não é fazer ninguém desistir, nem apresentar solução para todos os problemas. São apenas algumas coisas que observei pelo caminho (e olha que eu nem estou nessa a tanto tempo). Pode ser que isso te dê algo pra pensar... ou não.
Antes de fechar pra balanço, quero deixar alguns pensamentos aqui. Como vocês sabem, a vida de um quadrinhista não é bolinho. Quero falar um pouco sobre essas dificuldades e os obstáculos que estão em nosso caminho.
Meu objetivo com esse texto não é fazer ninguém desistir, nem apresentar solução para todos os problemas. São apenas algumas coisas que observei pelo caminho (e olha que eu nem estou nessa a tanto tempo). Pode ser que isso te dê algo pra pensar... ou não.
Treino e auto-crítica
Chega um dia, lá pela adolescência, quando você, que sempre pensou que desenhava e escrevia bem, descobre que não desenha, nem escreve tão bem assim. Mas como pode ser? Afinal, os seus pais e meia dúzia de amigos sempre te elogiaram. Cair em sí é o primeiro desafio do quadrinhista. Fazer uma boa auto-crítica é vital pra quem quer seguir essa carreira. Olhe para o seu trabalho, está bom mesmo? Compare com alguma revista que você gosta: o roteiro é criativo e original, ou vazio e sem sentido? E o mais importante: você compraria? E lembre-se sempre de treinar, treinar e treinar, seja você roteirista, desenhista, arte-finalista, etc.
Realidade de mercado
Temos aqui um problema bem real e complicado. O mercado brasileiro não quer você. Na verdade, o mercado não quer ninguém. A situação editorial brasileira está totalmente fechada, não há abertura. Agora, a questão é: o que você vai fazer a respeito? Cabe a você mesmo criar suas oportunidades, você tem a missão de convencer as editoras a aceitar o seu trabalho. E com a ajuda da internet, é possível hoje, montar uma equipe com pessoas de qualquer lugar do mundo (possível, não fácil). Então pare de reclamar e vá trabalhar.
Temos aqui um problema bem real e complicado. O mercado brasileiro não quer você. Na verdade, o mercado não quer ninguém. A situação editorial brasileira está totalmente fechada, não há abertura. Agora, a questão é: o que você vai fazer a respeito? Cabe a você mesmo criar suas oportunidades, você tem a missão de convencer as editoras a aceitar o seu trabalho. E com a ajuda da internet, é possível hoje, montar uma equipe com pessoas de qualquer lugar do mundo (possível, não fácil). Então pare de reclamar e vá trabalhar.
Vida adulta
Funciona assim, um belo dia você é jovem e sonha fazer a revista do Batman ou do Homem-Aranha, ou ainda ter seu mangá publicado pela Shonen Jump (pra mim, esse último é mais delírio que sonho). No outro dia, você tem marido/esposa, filhos, emprego e um monte de contas pra pagar. Sim, meus amiguinhos, nenhum desafio para um quadrinhista é maior do que conciliar a vida adulta com o seus sonhos quadrinhísticos. Como não dá pra viver de quadrinhos, você precisa de outro ganha-pão, e nem sempre é fácil ter tempo para tudo isso. Eu consigo manter um equílibrio razoável, mas não sou casado, nem tenho filhos. Porém, mesmo se eu já tivesse constituído família, não poderia te dizer o que fazer. Não há fórmula mágica pra resolver essa questão, cada um deve lidar com isso de acordo com sua própria realidade.
Funciona assim, um belo dia você é jovem e sonha fazer a revista do Batman ou do Homem-Aranha, ou ainda ter seu mangá publicado pela Shonen Jump (pra mim, esse último é mais delírio que sonho). No outro dia, você tem marido/esposa, filhos, emprego e um monte de contas pra pagar. Sim, meus amiguinhos, nenhum desafio para um quadrinhista é maior do que conciliar a vida adulta com o seus sonhos quadrinhísticos. Como não dá pra viver de quadrinhos, você precisa de outro ganha-pão, e nem sempre é fácil ter tempo para tudo isso. Eu consigo manter um equílibrio razoável, mas não sou casado, nem tenho filhos. Porém, mesmo se eu já tivesse constituído família, não poderia te dizer o que fazer. Não há fórmula mágica pra resolver essa questão, cada um deve lidar com isso de acordo com sua própria realidade.
Bom, era isso que eu queria dizer. Não sei se consegui passar a minha mensagem, até porque não sei bem que mensagem eu queria passar. Seja como for... Boas festas! Te vejo em 2010!