31 de dez. de 2018

[Resenha] A Alcateia, de Glauco J. S. Freitas

Ambientado em Curitiba, A Alcateia é mescla terror, investigação policial, mitos e lendas sobrenaturais, demônios bíblicos e outros elementos, ao estilo do que fazem obras como Arquivo-X e Supernatural.

Quando diversos jovens são assassinados em rituais de magia negra, o caso vai parar nas mãos do investigador Flávio Patrezzi e de seu companheiro, Alexandre Matsui, uma espécie de caçador de monstros moderno. À medida em que sem embrenham nesse mistério, os dois irão deparar-se com um universo repleto de entidades sombrias, cultistas, seres abomináveis e muito mais.

11 de dez. de 2018

[Resenha] O Encanto de Lerfreut, de M. F. Baladore

Lerfreut é uma nação próspera, onde a magia faz parte do dia a dia das pessoas. Porém, por trás dessa perfeição, escondem-se leis injustas e os problemas internos da família real. Todo o encanto desse mundo pode se perder quando a escuridão começa a se espalhar e almas perdidas surgem para causar destruição.

É nesse contexto que vamos conhecer os filhos do governante de Lerfreut: o casal de gêmeos Leonheart e Everlin. Ele é o herdeiro, mas também é dono de uma personalidade insegura, muito pelo fato de temer o preconceito do pai caso revele sua homossexualidade. Ela é uma moça um tanto mimada e sem amigos, cuja única preocupação real é seu irmão.

Além do avanço da escuridão, a rotina da família também é balançada pela chegada de Bluwen, um jovem estrangeiro dotado de grandes poderes mágicos. Da atração entre ele e Leonheart surge o principal romance do livro.

3 de dez. de 2018

[Indicação de game] Spider-Man


Se balançar entre os prédios de Nova York é uma sensação única, algo que você não vai encontrar em nenhum outro jogo. É incrível como essa mecânica funciona de forma natural, fluída e intuitiva. Zerei esse game com mais de 30 horas e mesmo depois de tanto tempo, cruzar a cidade por cima continuou sendo uma experiência tão divertida quanto na primeira hora.

Ufa... Agora que já tirei isso do peito, podemos continuar.

Com Spider-Man, a proposta do estúdio Insomniac Games e da Marvel era de criar um game definitivo do Homem-Aranha, fazendo por ele o mesmo que a série Arkham fez com o Batman. Acho que a missão foi cumprida com louvor.

26 de nov. de 2018

[Resenha] Horas Macabras, de Fréia Crivelaro

Hoje venho falar com vocês sobre um conto sinistro. Horas Macabras é o trabalho de estréia de Fréia Crivelaro e a autora já chega mostrando à que veio.

Aqui conhecemos Sara, uma mulher perdida num pesadelo sem fim, ao ponto de que não consegue mais saber se está dormindo ou se está acordada. Para piorar a situação, uma força terrível pode estar por trás de seus sonhos, os quais podem ser mais reais do que ela imagina.

Por se tratar de um conto rápido, não há muito que eu possa falar sobre a trama sem dar spoilers, mas posso dizer que gostei muito do conto e cheguei ao final da leitura com o coração na mão. O texto de Fréia Crivelaro é bastante fluído e cria cenários fortes sem apelar em momento algum.

14 de nov. de 2018

[Resenha] Meia Guerra, de Joe Abercrombie

 

"Todo herói é o vilão de alguém."

Hora de viajar ao Mar Despedaçado pela última vez. Meia Guerra é a conclusão da trilogia de Joe Abercrombie. Aqui no blog eu já falei do primeiro volume, Meio Rei, e do segundo, Meio Mundo. Vamos agora conferir o final da série.

A guerra enfim se aproxima, à medida que o Rei Supremo reúne meio mundo para lutar contra a frágil aliança entre Uthil e Grom-gil-Gorm. Em sua marcha, os invasores arrasam com o pequeno reino de Throveland e matam o rei, porém, a princesa Skara consegue escapar com vida e pede ajuda à sua prima, ninguém menos que a rainha Laithlin. Agora, sofrendo pressões de todos os lados, Skara terá que aprender a ser rainha e a jogar os jogos de poder para salvar seu reino.

22 de out. de 2018

[Resenha] Esquadrão X, de Vivian Villalba

Cem anos após uma invasão alienígena, a Terra encontra-se num estado de alerta constante. Nunca se sabe quando e onde um ataque pode acontecer. Para combater os invasores foi criado um exército unificado e cada família deve ceder um de seus filhos para o serviço militar.

A história do livro começa no momento em que uma jovem chamada Roxanne, ou simplesmente Roxy, está passando por um processo seletivo. Após uma entrevista, ela é designada para o Esquadrão X, famoso pelas missões em que se envolve e também por sua líder: a carismática Major.

A partir daí, a trama avança mostrando o treinamento de Roxy, e mais tarde, suas missões e confrontos contra os invasores alienígenas. Sempre com um grande enfoque na interação de Roxy com seus colegas de equipe: Max, Cat e Maya, além da Major.

19 de out. de 2018

[Indicação de game] Tales of Berseria


Mesmo sendo um grande fã de RPG japoneses, por alguma razão misteriosa nunca tive muito contato com uma das franquias mais importantes desse gênero: a série "Tales of..."Me lembro de ter jogado Tales of Mana, lá atrás no Super Nintendo. Depois dessa longa ausência, finalmente voltei para jogar Tales of Berseria.

O game conta a saga de vingança de Velvet: uma jovem de bom coração e até um pouco inocente que testemunha a morte de seu irmão num ritual que também a afeta, transformando-a num demônio. Após passar três anos trancafiada numa masmorra, Velvet consegue escapar e vai em busca do acerto de contas.

Não tem como falar desse jogo sem falar da sua heroína, ou melhor, anti-heroína. Velvet é uma personagem bastante interessante. Embora seu desejo de justiça seja legítimo, as experiências que passou a transformaram numa mulher fria e implacável, que não se importa em incendiar uma vila inteira para escapar de seus inimigos.

11 de out. de 2018

[Resenha] Meio Mundo, de Joe Abercrombie

"Os tolos alardeiam o que vão fazer. Os heróis fazem".

Pouco tempo depois dos eventos narrados em Meio Rei, a tensão toma conta do reino de Gettland à medida que o Rei Supremo mobiliza um exército sem precedentes contra a nação do norte.

É nessa clima que conhecemos Thorn Bathu, uma jovem de temperamento explosivo que sonha em ser guerreira, mas precisa enfrentar uma sociedade misógina, que acredita que uma mulher não tem lugar no campo de batalha. Condenada à morte por matar um companheiro de treino, é procurada pelo ministro real, conhecido como implacável e manipulador: Yarvi. Para fugir da execução, Thorn jura lealdade à Yarvi e se junta à tripulação dele numa viagem que irá cruzar meio mundo para reunir aliados.

17 de set. de 2018

[Resenha] A Colheita, de Michelle Louise Paranhos

A Colheita é um livro de ficção que não podia ser mais real. Lançamento independente da autora Michelle Louise Paranhos, esse livro fala sobre relacionamentos complexos, intrigas políticas, violência urbana e outras questões que estão à nossa volta.

A história começa em 2007, no Rio de Janeiro, onde um estudante de advogacia chamado Vincente se vê apaixonado por Rute, uma jovem que mora numa favela em meio a uma guerra entre facções criminosas. Através de sua ex-namorada, ele também conhece Rui Castro, um aspirante à política. Completam esse mosaico, os amigos Júlio e Gustavo, professores abnegados que precisam lidar com o jogo de interesses nos bastidores do sistema educacional.

10 de set. de 2018

[Resenha] O Herói das Eras - Mistborn #3, de Brandon Sanderson

O Herói das Eras é o terceiro volume da série Mistborn, e encerra a trilogia Primeira Era. Se ainda não conhece, você pode ler no blog as minhas resenhas de O Império Final (volume 1) e O Poço da Ascensão (volume 2).

A nova trama começa dois anos após Vin e Elend terem descoberto o Poço da Ascensão e traz um cenário totalmente mudado. Agora que Ruína está livre, as chuvas de cinzas caem sem parar, terremotos são cada vez mais frequentes e mesmo as brumas se tornaram venenosas. Diante de um fim cada vez mais próximo, a velha gangue divide suas forças: Vin e Elend, casados, buscam ganhar mais poder. Ao mesmo tempo, Sazed, Brisa e Fantasma tentam transformar um poderoso inimigo em aliado.

Quem leu minhas resenhas dos volumes anteriores sabe o quanto gostei das leituras e o quanto me envolvi com o mundo de Mistborn. Como consequência, peguei este livro com as expectativas lá no alto. A boa notícia é que essas expectativas foram completamente superadas.

20 de ago. de 2018

[Indicação de game] South Park: A Fenda que Abunda Força


Continuação direta de The Stick of Truth, A Fenda que Abunda Força trás a turminha sem noção de South Park de volta aos games. Na trama, quando é oferecida uma recompensa em dinheiro para quem encontrar um gato perdido, as crianças logo vestem suas fantasias e partem em uma nova missão: criar uma franquia bilionária de super-heróis.

Em comparação com o jogo anterior, a mudança mais notável é no sistema de combate. Agora temos um RPG estratégico. Todos os personagens se movimentam pelo cenário durante as lutas e é possível ver o alcance dos ataques e das magias de cura. Nem preciso que isso me obrigou a tomar decisões com mais cuidado durante as batalhas. Outro ponto interessante é que muitas lutas tem regras próprias e objetivos especiais. A variedade é grande nos combates.

13 de ago. de 2018

[Resenha] Mistério em Proud, de Rita Flôres

Mistério em Proud, da minha amiga Rita Flôres, conta uma história ambientada numa cidade afastada onde todos os habitantes são bonitos e sensuais e o sexo é pra lá de caliente.

Sim, estamos falando de um romance hot. E se você acompanha regularmente o meu blog, sabe que esse não é meu tipo habitual de leitura. Sair da zona de conforto de vez em quando pode ser um exercício interessante para os leitores, enquanto que para autores é mais do que recomendado.

A história começa quando uma mulher chamada Joy chega a pequena cidade de Proud em busca da mãe desaparecida. Logo, acontecimentos estranhos chamam sua atenção, como o fato de todos se trancarem em suas casas sempre que uma neblina aparece. Quando o clima melhora, é comum encontrar pessoas e até famílias inteiras assassinadas. Enquanto se envolve com Christian, o charmoso dono de uma livraria, ela vai descobrindo que cada habitante de Proud tem o seu próprio segredo.


Ao começar a leitura, o estilo narrativo da autora chama a atenção de cara. Rita tem um ritmo dinâmico e faz a história avançar depressa, mas sem passar a impressão de texto corrido. No início do livro até achei que há mais exposição que o necessário nos diálogos e na narrativa, mas à medida que o cenário e os personagens se estabelecem tudo vai ficando bem mais fluído.

Falando em cenário, o mundo criado pela autora foi o que mais gostei na leitura. Seres sobrenaturais e figuras mitológicas estão por toda parte e coexistem juntos em versões modernas dos mitos. Mesmo se tratando de um romance erótico, o sexo ocupa um papel pequeno na trama, embora as cenas íntimas recebem o tratamento que se espera de um livro do gênero.

Um ponto que ficou devendo foi a procura de Joy por sua mãe desaparecida. Esse é o objetivo motivador dela no começo da história, porém, essa busca vai se diluindo ao longo do livro e lá pela metade já não tem relevância na história. Dessa maneira, uma subtrama com um grande potencial dramático acaba deixada de lado.

Mistério em Proud é um livro bastante interessante e tenho certeza que vai agradar em cheio as fãs do gênero. Mesmo se você não curte esse tipo de leitura, pode valer a pena dar uma chance.

Autora: Rita Flôres
Páginas: 95
Lançamento: 2015
Editora: Independente

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27 de jul. de 2018

Vanguardia - lançamento independente


Chegou o meu quinto livro. Vanguardia é uma obra que mescla ficção científica com elementos de terror. É um lançamento diferente de meus outros trabalhos, mais adulto e também mais curto. Não se trata de um romance, mas de uma noveleta com menos de cem páginas.

Fiquem aí com a sinopse e os links para adquirir. Boas leituras!

"Atravessando o espaço sideral, a Vanguardia está numa jornada de cento e quarenta anos rumo a um planeta desabitado. No interior da nave colonizadora, seções protegidas por imponentes portas de aço transportam uma tripulação de cinquenta mil pessoas acomodadas em cápsulas de sono. Quando uma dessas câmaras dá defeito, um jovem enfermeiro chamado Victor acorda antes da hora.

Sem pistas do que realmente está acontecendo, Victor se depara com um grupo de desconhecidos e um ambiente opressor. À medida em que um passado distante vem à tona, um pesadelo desperta, ameaçando as vidas de todos.

Mesclando ficção cientifica com elementos de terror, Joe de Lima apresenta um thriller de tirar o fôlego."

9 de jul. de 2018

Apresentando meu canal no Youtube


Pois é, pessoal! Finalmente estou entrando na Era do conteúdo em vídeo. A partir de agora vocês podem me ver lá no Youtube falando literatura e também um pouquinho sobre games. Em outras palavras, vai ser uma extensão do blog, mas também vai ter conteúdo exclusivo do canal.

Você pode acessar o meu canal clicando aqui ou na imagem acima. Te vejo lá!

2 de jul. de 2018

[Indicação de game] Captain Spirit


Revelado apenas duas semanas antes de seu lançamento, Captain Spirit (ou mais precisamente, As Aventuras Iradas de Captain Spirit) foi um game que chamou a atenção por vários motivos. Primeiro, por ser ambientado no mesmo universo do aclamado Life is Strange. Segundo, o jogo está disponível para download gratuito. E por último, mas não menos importante, pelo trailer sensível e cativante.

O game conta a história de Chris, um garoto solitário que perdeu a mãe há pouco tempo e teve de ir morar com um pai que tem problemas com álcool. Sem amigos, ele passa o tempo se imaginando como o super-herói Captain Spirit.

Esse não é um game ao estilo tradicional, não há combates, níveis, nem coisas do tipo. As mecânicas de jogo são baseadas em explorar o cenário, interagir (ou não) com objetos e tomar decisões. Além, é claro, de controlar as brincadeiras de Chris. Tudo é tão simples que até mesmo quem não está acostumado à games conseguiria jogar sem problemas. Também é uma história curta, com cerca de uma hora e meia à duas horas de jogo.

O estúdio responsável, Dontnod, é conhecido pela sua capacidade de entregar roteiros de alto nível e personagens humanizados. Captain Spirit não foge a essa regra. Ao mesmo tempo em que fala sobre infância e inocência, a trama também mostra uma relação delicada entre um pai e um filho que pouco tem em comum. O roteiro do jogo acerta ao não vilanizar o pai de Chris. De fato, em alguns momentos é até possível sentir certa empatia por ele, apesar de suas falhas de caráter.

Captain Spirit é um jogo que vale muito à pena. Apesar de curta, essa é uma experiência marcante.

Plataformas: Playstation 4, Xbox One, PC
Gênero: walk simulator
Estúdio: Dontnod
Ano: 2018

14 de jun. de 2018

Top 5 - O Melhor da E3 2018


Sentimentos extremos marcaram o fim de semana mais aguardado do mundo gamer. Não teve meio termo. O que foi bom na E3, foi muito bom. E o que foi ruim, foi muuuito ruim (estou falando com vocês, Square e EA).

Bom, vamos falar das partes boas, né? Aqui vai a lista com os 5 games que me deixaram mais empolgado nessa edição da E3. Clicando nelas você pode conferir os trailers.

Confira o melhor da E3 2017

5 - Sekiro


Nova franquia da From Software (Dark Souls, Bloodborne). É um game de ação ambientado numa versão fantasiosa do Japão feudal. Ainda não temos detalhes da história, mas já deu pra ver um pouco do gameplay, que trás muitas das mecânicas comuns à jogos desse gênero. Ao mesmo tempo, fica notável a intenção de trazer elementos novos. E estou apostando que também vai ter a marca registrada da From Software: a dificuldade insana.

4 - Assassin's Creed Odyssey


Nenhuma edição da E3 está completa sem Assassin's Creed. Dessa vez a ambientação é na Grécia antiga, um dos cenários mais aguardados pelos fãs da série. Esse novo game promete completar a transformação da franquia num RPG. Além de ser possível escolher entre várias opções de diálogo durante as conversas, o jogo terá dois protagonistas: Alexios e Kassandra, e vai ser lançado ainda esse ano.

3 - Captain Spirit


Chris é um garoto orfão que vive com o pai no interior. Sem amigos, ele passa a maior parte do tempo se imaginando como um super-herói, enquanto lida com dificuldades do dia a dia. O jogo teve um dos trailers mais emocionantes da E3 e se passa no mesmo universo do aclamado Life is Strange. A melhor parte é que vai estar disponível gratuitamente dia 26 de junho. Promessa de muitos sentimentos aflorando durante o game.

2 - Ghost of Tsushima



Outra franquia nova e essa não poderia ter mostrado um cartão de visitas melhor. A ambientação é no Japão do século 13, durante as guerras contra os mongóis. A apresentação chamou a atenção pela direção impecável e a perfeição técnica. A ideia é recriar a atmosfera poética dos filmes épicos asiáticos (não consigo deixar de pensar nas produções do diretor chinês Zhang Yimou). A trilha sonora é belíssima e os cenários enchem os olhos.


1 - The Last of Us part II


A aguardada continuação finalmente ganhou um trailer de gameplay, destacando os novos gráficos e a evolução das mecânicas de jogo, que prometem elevar a jogabilidade a um novo patamar. O vídeo também destacou a evolução de Ellie, personagem que conhecemos como adolescente no primeiro game e agora retorna adulta, e mais badass do que nunca. A apresentação se destacou pelo clima sombrio e violento do jogo, sem falar na (infeliz) polêmica envolvendo um beijo lésbico.

Por mais que eu tenha me empolgado com o gameplay, o que realmente me fez colocar esse jogo em primeiro lugar é a chance de reencontrar Ellie e Joel, até porque nem sempre temos a chance de ver como a passagem do tempo afeta nossos personagens favoritos. Agora é aguardar.

11 de jun. de 2018

[Tem na Netflix] Devilman Crybaby


Estranho. A primeira coisa a ser dita sobre Devilman Crybaby é que se trata de um anime estranho, uma obra fora da curva quando comparada com outras séries.

Produção original da Netflix, o anime narra a história de Akira Fudo, um jovem de boa índole que costuma chorar quando vê uma injustiça. Seu melhor amigo é Ryo, um rapaz rico e excêntrico, dono de um passado misterioso. Numa noite na balada, os dois são surpreendidos quando pessoas se transformam em demônios monstruosos. O próprio Akira é possuído por um demônio, mas graças a seu bom coração, consegue manter sua mente intacta.

A partir daí, ele precisa lutar contra os impulsos do monstro que habita seu corpo, ao mesmo tempo em que pode se transformar num demônio com coração humano. À princípio, ele usa essa habilidade para lutar contra outros demônios, mas logo descobre que nem tudo é como parece e que existe muito mais em jogo do que ele pensava.

De cara, Devilman Crybaby já chama atenção pelo visual. O character design é bem diferente do que se costuma ver em animes, muito mais estilizado e com cores saturadas. Também se trata de uma série adulta e intensa. Violência, nudez e sexo são mostrados de forma crua e sem rodeios, mas honesta, sem fanservices gratuitos (essas cenas sempre acontecem dentro de um contexto e levam à trama adiante).

Com apenas 10 episódios, o roteiro é dinâmico e tem como maior mérito a imprevisibilidade. Eu mesmo cheguei aos episódios finais sem fazer ideia de como a série acabaria. E os personagens são bastante carismáticos. A dublagem brasileira também ficou muito boa.

Então, pra quem procura algo diferente e curte histórias viscerais, Devilman Crybaby é uma ótima pedida.

7 de mai. de 2018

[Indicação de game] Horizon Zero Dawn


Desde que Horizon Zero Dawn foi anunciado, eu não via a hora de colocar as mãos nesse jogo. A imagem de uma jovem caçadora lutando contra dinossauros robô prometia um mundo diferente e inovador. Depois de zerar o game, preciso dizer que minhas expectativas não foram apenas cumpridas, mas superadas.

No game, assumimos o controle de Aloy, uma jovem que foi exilada ao nascer e passou toda a vida lidando com o desprezo dos membros da tribo dos Nora. Hábil caçadora e curiosa por natureza, ela embarca numa longa jornada para descobrir sua verdadeira origem. À medida que busca respostas sobre si mesma, Aloy também descobre a verdade por trás do fim da civilização dos Antigos e ao mesmo tempo percebe que ela própria é a chave para impedir que a humanidade desapareça em definitivo.

Já nos primeiros minutos, Horizon impressiona pelo visual belíssimo. A história se passa num futuro pós-apocalíptico, distante o bastante para quase não restarem mais traços da civilização dos Antigos (a nossa civilização, só pra constar).

O game é uma mistura de ação e RPG, além de apresentar um bom foco na exploração. Fiquei viciado nesse último elemento e com frequência perdia a hora para explorar mais cantos do mapa e juntar mais recursos. Mas certamente o que mais me chamou a atenção foram os seres que habitam esse mundo: máquinas cujo aspecto e comportamento lembram animais pré-históricos. Lutar contra elas é difícil, mas divertido. Chega a ser tentador desafiar um Tirânico (da imagem acima) ou um Arauto da Morte para uma batalha insana.

E apesar de tudo o que eu já disse, é no roteiro que Horizon Zero Dawn brilha de verdade. A trama é complexa e aborda elementos como meio-ambiente, preconceito, sacrifício e religião, entre outros. Meu lado autor não consegue deixar de pensar no quanto eu gostaria de ter escrito uma história como essa.

Pra encerrar, quero falar sobre a localização para português, que eu considero uma das melhores entre os games que já joguei, seja nas legendas, seja na excelente dublagem. Destaque para o maravilhoso trabalho de Tatiane Keplmair (a voz da Sakura, em Naruto) que dubla Aloy.

Enfim, não que esse seja um game perfeito (pessoalmente eu achei as missões paralelas um tanto rasas, assim como a maioria dos personagens secundários). Contudo, gostei tanto da minha experiência jogando Horizon Zero Dawn que qualquer problema parece pequeno.

Já entrou pra lista dos meus jogos favoritos!

Plataforma: Playstation 4
Gênero: ação, RPG
Estúdio: Guerrilla
Lançamento: 2017



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30 de abr. de 2018

Chamada para a antologia "Fantásticos"

Hoje trago uma antologia com uma proposta diferente. Fantásticos traz tem a proposta de ser uma obra de literatura inclusiva. Nessa coletânea, os contos devem mostrar personagens com algum tipo de deficiência.

A organização é da minha amiga Nuccia de Cicco (do blog parceiro As 1001 Nuccias) e será publicada pela editora Sinna. Abaixo seguem a sinopse e os links:

"Culturalmente, a sociedade foi ensinada a esconder seus defeitos, menosprezar quem os têm, considerar tais pessoas como incapazes, como coitadinhos dependentes.

Mas a deficiência é apenas uma das características que os constituem como indivíduos: uma pessoa pode ter uma deficiência, sem ser deficiente.

Pessoas com deficiência buscam viver com autonomia, sofrem diferentes formas de preconceitos no dia a dia, lutam por direitos e adaptações. Podem ter necessidades específicas, porém possuem força de vontade e coragem para enfrentar o mundo que os isola, para conquistar um amor, para sobreviver a uma guerra, para manterem suas profissões e até mesmo para enfrentar outros mundos e dimensões ou se tornar criaturas místicas.

A Antologia Fantásticos vem desmistificar conceitos, ensinar que superação nem sempre é sinônimo de heroísmo e ampliar a representatividade das pessoas com deficiência na literatura nacional".

> Clique aqui para ler o edital completo
> Mais informações no blog As 1001 Nuccias

24 de abr. de 2018

[Resenha] Melodia Mortal, de Pedro Bandeira & Guido Carlos Levi

Livros, TV, quadrinhos, games... Sherlock Holmes está em toda parte. Sua fama não vem apenas dos livros escritos por seu criador Arthur Conan Doyle. Como se trata de um personagem em domínio público, qualquer um pode escrever uma história com ele.

Mas essa resenha não é pra falar de qualquer um, mas sim de um dos meus autores nacionais favoritos: Pedro Bandeira, da ótima série infanto-juvenil Os Karas. Melodia Mortal foi escrito por Bandeira em parceria com Guido Carlos Levi.

Antes de me aprofundar na resenha, preciso dizer que esse livro traz uma das propostas mais diferentes que já vi.

16 de abr. de 2018

Top 5 - Super-heróis fora do eixo Marvel/DC que merecem adaptações

Os super-heróis Marvel e DC estão em toda parte: no cinema, nos seriados, nos games e, é claro, nos quadrinhos. Com um domínio tão grande, quase não sobra espaço para outros heróis fantasiados, mas isso não quer dizer que não existam histórias alternativas de qualidade, na maioria das vezes trazendo abordagens diferentes e desconstruções do gênero.

Aqui vai um pequeno ranking com 5 super-heróis e heroínas fora do eixo Marvel/DC que poderiam render boas adaptações.

Créditos das imagens: Comic Vine

5 - Fantasma


Na Era das grandes navegações, um navio de expedicionários é atacado por piratas nas costas africanas. O único sobrevivente é o garoto Christopher Walker, que chega às praias de Bangalla, onde é socorrido por nativos. Já adulto, Christopher jura combater a injustiça e passa a vestir o manto violeta do Fantasma. O traje é passado de geração em geração, criando a lenda de que o Fantasma é imortal, o "Espirito que Anda".

Criado por Lee Falk lááá em 1936, Fantasma foi o primeiro herói mascarado dos quadrinhos. Poderia render um filme de época, criticando a colonização europeia, ou uma filme moderno, combatendo as guerrilhas africanas.


4 - Space Ghost


Um dos mais saudosos heróis da Hanna-Barbera, Space Ghost combatia tiranos que governavam planetas, raças alienígenas hostis e monstros antigos, sempre armado com braceletes capazes de disparar uma variedade de feixes de energia. Mais tarde, os quadrinhos revelaram sua origem como um pacificador que foi atacado por seus próprios companheiros corruptos. Dado como morto, retorna sob a máscara de "herói fantasma do espaço".

O sucesso de Guardiões da Galáxia é uma prova que misturar super-heróis e space opera pode dar muito certo. Uma adaptação de Space Ghost poderia ficar num meio termo entre Star Wars e Star Trek, além de render cenas  de batalha espacial incríveis.



3 - Witchblade



A Witchblade é uma antiga manopla que concede à policial Sara Pezzini poderes místicos e protege seu corpo como uma armadura mágica. Além de combater a criminalidade do dia a dia, Sara lida com feiticeiros urbanos, artefatos amaldiçoados e deuses antigos. Como se não fosse trabalho o bastante, ela ainda enfrenta os desafios de criar sua filha Hope.

Uma adaptação com a heroína teria muita ação e sensualidade, e também poderia servir como ponto de partida para um universo compartilhado no cinema, uma vez que outros personagens da Top Cow, como Darkness e Angelus, também poderiam render boas adaptações.



2 - Invencível



Mark Grayson levava uma vida normal de adolescente, dividindo o tempo entre as aulas, o emprego de meio período e as primeiras namoradas. Só que Mark também é filho do Omni-Man, o maior super-herói do mundo. Quando seus poderes começa a se manifestar, ele passa a dividir seu cotidiano com a vida como o herói Invencível.

Assinadas por Robert Kirkman (criador de The Walking Dead), as HQs de Invencível se destacam por trazer um forte elemento humano. Uma obra baseada nessas histórias traria um equilíbrio entre ação, drama e humor, uma fórmula de sucesso quando bem trabalhada.



1 - Ladybug



Os miraculous são sete artefatos que concedem poderes mágicos a seus portadores. Nos tempos modernos, um desses foi parar nas mãos de Marinette Dupain-Cheng, uma adolescente impulsiva e um tanto estabanada. Com o miraculous, Marinette recebe o poder de criar e restaurar objetos e se torna Ladybug, a defensora de Paris.

Vindo diretamente da França, Miraculous: Ladybug se tornou uma sensação mundial, incluindo no Brasil onde é exibida no canal Gloob e costuma ficar em primeiro lugar na audiência da TV fechada. Com o investimento adequado, um filme live-action teria tudo para se tornar um fenômeno de bilheteria, misturando ação e aventura com romance teen.

2 de abr. de 2018

[Tem na Netflix] Penny Dreadful


Em meio à neblina da Londres vitoriana, um caçador aposentado é atormentado pelo sequestro da filha, uma bruxa católica tenta fazer as pazes com seu passado, um pistoleiro bêbado leva uma vida isolada, um sedutor milionário busca uma companheira e o cientista Victor Frankenstein precisa lidar com a raiva e a amargura de sua criatura. Ao mesmo tempo, vampiros, lobisomens e seres sobrenaturais espreitam nas sombras.

Esse é o mundo de Penny Dreadful, produção do canal Showtime (ligado à HBO) e certamente uma das melhores séries dos últimos anos.

A série mescla diversos elementos dos livros clássicos de terror da Era Vitorina: Drácula, Dorian Grey, o já mencionado Frankestein, etc. O resultado é uma história trágica e ao mesmo tempo bela, que combina terror, drama e filosofia.

O elenco inclui nomes de peso como Timothy Dalton, Eva Green, Billie Piper e Josh Hartnett, entre outros. Com uma equipe desse nível, não é surpresa que vários episódios tragam atuações poderosas, dando vida e carisma a figuras trágicas. Ainda no quesito atuação, destaco as performances maravilhosas do quarto episódio da terceira temporada "A Blade of Grass".

A produção da série é impecável e os cenários são de encher os olhos. Ao todo, foram 3 temporadas e todas estão disponíveis na Netflix.

Abaixo, fiquem com um trailer sem spoilers da terceira temporada. Escolhi esse vídeo porque mostra todos os personagens e é o que melhor capta a essência dessa série. Se você nunca assistiu, trate de corrigir esse erro

20 de mar. de 2018

[Resenha] Mórbida Procissão: Shrouded - Os Filhos da Mortalha #1, de Leandro Zerbinatti de Oliveira

Tudo começa com uma evento que deveria celebrar a chegada dos deuses. Contudo, algo inexplicável acontece e desde então, ninguém mais morre no mundo. Ou melhor, ninguém permanece morto. Todos que falecem retornam, seja como espírito ou seja numa forma reanimada e quase sem emoções.

Nesse cenário, o jovem Raran e seu pai, o fazendeiro Gran partem numa longa jornada à procura da falecida mãe do rapaz, que já deveria ter retornado. No caminho, encontram Evraxia, uma mulher cheia de segredos que possuí joias incrustadas em todo o corpo. Ao mesmo tempo, um grupo de mercenários liderado pelo guerreiro Iarum se vê às voltas com um corpo sem vida e missão de inserir uma alma nele.

Lançamento independente, Mórbida Procissão é o primeiro volume da série Shrouded - Os Filhos da Mortalha (juntando o título e o subtítulo da série com o título do livro fica um nomezinho bem comprido, hein?). É uma obra de fantasia sombria que se afasta bastante do convencional. Não é uma história sobre reis, castelos ou monstros mágicos. O tom aqui é mais intimista, o que se observa no objetivo dos protagonistas, que é resgatar um ente querido.

O estilo do autor se foca mais na narrativa e consegue criar bem a atmosfera sombria, além de enriquecer bastante a mitologia desse mundo. Por outro lado, achei que os diálogos deixaram um pouco a desejar. Há um excesso de exposição que os torna um tanto artificiais.

Como eu já disse ali em cima, são duas tramas paralelas e senti um certo desequilibro entre elas. A trama envolvendo o trio Gran, Raran e Evraxia funciona melhor por apresentar um desenvolvimento de personagens mais interessante, bem como a dinâmica entre os mesmos.

Não que a trama de Iarum e os mercenários seja ruim, mas possui um número grande de personagens e ritmo acelerado. Acredito que o livro teria se beneficiado de um plot mais enxuto.

Em última análise, Mórbida Procissão é um livro muito interessante, indicado para quem curte fantasia sombria e quer ver abordagens diferentes para esse gênero.

Autor: Leandro Zerbinatti de Oliveira
Páginas: 287
Ano: 2018
Editora: independente

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12 de mar. de 2018

[Dicas para escrever] Tá na mesa! Refeições como ferramenta narrativa


A cena acima é de um jogo do Playstation 1 chamado Grandia. Mesmo se você for gamer, talvez não conheça esse RPG e eu não te culpo. Grandia é uma pérola oculta do PS1, um lançamento menor ofuscado pelas franquias famosas. Um elemento interessante nesse jogo é que em vários momentos os personagens se reuniam em volta da mesa, ou em torno da fogueira do acampamento, ou ainda num piquenique e conversavam sobre a próxima etapa da missão, contavam histórias, trocavam opiniões, flertavam... Enfim, estreitavam os laços entre si.

Eu gostava tanto dessas sequências que ficava esperando por elas, e as incorporei à minha narrativa. Abra qualquer livro meu e vai encontrar pelo menos duas ou três cenas em que os personagens estão trocando ideias enquanto matam a fome.

Não importa se você está escrevendo fantasia medieval, ficção cientifica, drama de época ou um romance romântico nos dias atuais, existem várias razões para dar mais atenção à dieta dos seus personagens.

HUMANIZAÇÃO

Há uma passagem em Boneca de Ossos na qual Zach, morrendo de fome e sede, se sente enganado pelos livros que leu, já que os aventureiros não costumavam ter esses problemas. E em Jogos Vorazes (no livro), Katniss passa maus bocados tentando encontrar uma fonte de água, o que me leva de volta à Grandia.

A razão que me fazia curtir as cenas de refeição é que isso me aproximava dos personagens. Eu me sentia como parte do grupo. Essa é uma forma simples de tornar seus personagens mais humanos, seja através de fome ou sede numa aventura, ou seja numa pausa para o café durante o expediente do escritório.

PERSONALIDADE

Imagine que Bob e Alice combinaram de lancharem juntos. Ele pede um x-búrguer duplo e um copo grande de refrigerante, ela pede suco natural e salada.

Aposto que você já começou a formar uma imagem dos dois. O x-búrguer duplo de Bob mostra que ele gosta de fast food e pode até passar um pouco do ponto (um hambúrguer comum poderia não transmitir a mesma ideia). Também ficou claro que Alice prefere comida saudável, e se ela estiver usando roupa de academia vai ser ainda mais nítido para os leitores que essa personagem gosta de se cuidar.

A cena continua e outro amigo aparece, Carlos, que pede uma taça de sorvete com molho de pimenta como cobertura (eu nunca experimentei, é só um exemplo). Esse pedido um tanto diferente ajuda a criar a imagem de Carlos como um individuo excêntrico ou, no mínimo, uma pessoa curiosa.

Todas essas informações foram transmitidas apenas através do lanche que pediram, os personagens nem abriram a boca ainda.

CLASSE SOCIAL

Esse é básico. Quanto mais rica é uma pessoa, mais opções ela terá à mesa. e quanto mais pobre, mais vazia é a dispensa.

Um bom exemplo do primeiro caso vem de O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, quando o regente Denothor II se empanturra com uma ceia farta, enquanto a guerra corre solta e inocentes morrem.

No outro extremo, temos a famosa parábola bíblica O Filho Pródigo, onde a miséria de um jovem é tão grande que ele come a lavagem dos porcos.

AMBIENTAÇÃO

Às vésperas da Copa do Mundo de 2014 pipocaram no Youtube vídeos mostrando jornalistas estrangeiros provando pães de queijo, feijoada e até guaraná pela primeira vez. Por mais que esses pratos estejam presentes no nosso dia a dia, são incomuns na maioria dos países.  Outro exemplo é um episódio de Friends no qual todos fazem careta para uma das sobremesas mais comuns no Brasil: pudim.

Da mesma forma, nos surpreende a variedade de frutos do mar disponível nos restaurantes japoneses, incluindo o famigerado sushi. Mas levando em conta que o Japão é composto por ilhas, nada mais natural do que comer peixe. Felizmente, para ambientações contemporâneas não é difícil pesquisar os pratos mais consumidos no resto do mundo.

O cardápio típico de um país, ou mesmo de uma região, pode ajudar a dar maior contexto à ambientação, tornando o mundo mais real. No começo do meu livro Arcanista, Marcel e seus amigos aparecem na cantina da escola comendo sanduíches inteiramente sintéticos. Sim, até o tomate e a alface eram artificiais. Mais tarde, na Cidade Baixa, todas as refeições que ele faz são caseiras. As frutas e verduras foram colhidas em hortas de fundo de quintal e mesmo os pães são feitos em casa.

Escrevi dessa maneira para ressaltar as características de cada cenário, e também as diferenças entre os dois locais. De um lado, temos uma região de tal modo industrializada e distante da natureza que até mesmo as refeições são totalmente artificiais. Em contrapartida, na outra região o nível de industrialização é tão baixo que tudo é natural.

A alimentação também está intimamente relacionada ao período em que a trama se passa. Qualquer leitor de As Crônicas de Gelo & Fogo sabe que pão preto é o alimento mais comum em Westeros. Na verdade, pão preto era bastante consumido durante a Idade Média real, uma prova que George R. R. Martin fez a lição de casa.

É claro que em cenários com uma maior presença de elementos fantásticos é possível incrementar o cardápio com pratos que não existem fora do livro. Por exemplo: filé de grifo.

E em cenários futurísticos? Nesse caso, vale pesquisar, mas também fica muito por conta do autor. As refeições serão parecidas com as nossas ou serão totalmente diferentes? Vamos comer pílulas? E o que será que se consome em outros planetas? Aqui a criatividade é o limite.
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Enfim, isso é só uma arranhada no tema. Eu poderia ficar horas falando sobre comida (deve ser por isso que estou acima do peso), mas acredito que já deu para pegar a ideia. Na próxima vez que chegar a hora do almoço no seu livro, pode valer a pena passar alguns minutos a mais pensando no que tem pra comer.

24 de fev. de 2018

Top 5 - Games baseados em livros

Atualmente, com as produtoras de games investindo cada vez mais em franquias multimídia, não faltam livros baseados em jogos, sejam adaptações diretas, sejam romances que complementam a história do jogo.

O caminho contrário também acontece. Embora não sejam tão comuns, existem games que foram buscar sua inspiração na literatura. Aqui vai uma lista com cinco jogos baseados em livros.

Créditos das imagens: Giant Bomb

5 - Parasite Eve


Lançado em 1995, o livro de terror do autor japonês Hideaki Sena conta a saga do dr. Nagashima. Inconsolável após a morte da esposa, ele inicia uma pesquisa para trazê-la de volta à vida através de um experimento com mitocôndrias (lembra das aulas de biologia?). Como você já deve estar imaginando, essa experiência sai muito mal.

O game foi lançado em 1998 para o PlayStation 1 e se tornou um clássico cult. Ambientado após o livro, o jogo trazia a heroína Aya Brea lutando contra uma infestação de mitocôndrias inteligentes, capazes de tomar a mente dos seres humanos. A jogabilidade apresentava uma mistura de shooter com RPG que é comum hoje, mas era novidade na época.


4 - Rainbow 6


Quando um grupo terrorista realiza um ataque simultâneo em três países diferentes, o agente especial John Clark é encarregado de reunir uma força-tarefa formada por seis membros de diferentes países, com o objetivo de impedir um atentado durante as Olimpíadas. Um thriller de ação e espionagem com o selo de qualidade Tom Clancy.

Espionagem, terroristas, equipes diversificadas, ação e tiroteios... Partindo desses elementos, a desenvolvedora Ubisoft criou uma franquia de jogos de tiro multiplayer que se tornou um sucesso e já rendeu nada menos que 19 games.



3 - Terra-Média: Sombras de Mordor


Tolkien dispensa apresentações. O Senhor dos Anéis não é "só" um dos pilares da literatura de fantasia, é também uma das obras mais importantes da literatura como um todo. A série conta a saga épica de Frodo Bolseiro e seus companheiros para destruir o Um Anel, e assim, selar o poder maligno de Sauron, o Senhor do Escuro.

Ambientado antes de O Senhor dos Anéis, Sombras de Mordor conta a jornada de vingança do guardião Talion. É um bom game de ação e aventura e foi lançado no Brasil com uma ótima dublagem nacional. Recebeu uma continuação que não repetiu o mesmo sucesso.


2 - Metrô 2033


Do russo Dmitry Glukhovsky, o livro mostra um futuro pós-guerra nuclear no qual as ruas de Moscou foram tomadas por monstros e a população passou a habitar as linhas de metrô. Nessa nova sociedade, o jovem Artiom encara uma jornada para descobrir a verdade sobre seres telepáticos que começaram a surgir. A obra alterna momentos tensos e cenas de ação com filosofia e reflexões sobre a sociedade.

Lançado em 2010, o game aposta no gênero survival horror e traduz com perfeição o cenário sombrio do livro. Mesmo sem se tornar um campeão de vendas, o jogo ganhou o status de cult e se destaca pela ambientação. Gerou duas continuações igualmente cultuadas.


1 - The Witcher


Lançada no Brasil como A Saga do Bruxo, a série do polonês Andrzej Sapkowski narra as aventuras do caçador de monstros Geralt de Rivia. O mundo em que a história se passa mescla elementos de alta fantasia com jogos políticos. Alguns dos livros são de contos, outros são romances.

Embora os dois primeiros games tenham feito sucesso moderado, foi com The Witcher III: Wild Hunt que a franquia explodiu em popularidade, sendo hoje uma referência. Os jogos se destacam pela jogabilidade complexa, pelo mundo aberto bem elaborado e pelo conteúdo adulto.

Em tempo, a Netflix adquiriu os direitos sobre a franquia e está trabalhando numa adaptação.