30 de dez. de 2015

Melhores de 2015


Esse, com certeza foi um ano de extremos, para o bem e para o mal. Para me despedir de 2015, trago a lista do que mais gostei em matéria de cultura pop nesses últimos doze meses.

- Melhores de 2014 / 2013 / 2012


LIVRO: Toda Luz Que Não Podemos Ver,
de Anthony Doerr


Inspirada em A Menina Que Roubava Livros, essa obra se sustenta por seus próprios méritos. A trama apresenta a Segunda Guerra Mundial sob a ótica de dois pré-adolescentes que crescem em meio a esse cenário. Marie-Laure é uma garota francesa cega que foge de Paris com o pai sem saber que carrega um tesouro de valor inestimável. Na Alemanha, conhecemos Werner, um jovem que sonha se tornar cientista, mas é obrigado a se juntar ao exército nazista. Um livro que mistura melancolia e tristeza com beleza e esperança.



FILME PIPOCA: Mad Max - Estrada da Fúria



Num mundo deserto, Max é capturado por Immortan Joe, uma figura excêntrica que comanda uma comunidade e é o líder de sua própria religião. Durante a fuga, Max topa com a Imperatriz Furiosa, que pretende resgatar todas as garotas escolhidas como noivas de Immortan Joe, dando início a uma corrida implacável. Com um visual de encher os olhos, o filme retoma a saga do Guerreiro das Estradas em grande estilo, apresentando um cenário fascinante, onde a anarquia e a insanidade dominam. Testemunhem!


FILME ALTERNATIVO: A Estrada 47




Essa produção nacional aborda a polêmica participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial (uma participação que muitos veem como inexpressiva, enquanto outros afirmam que a contribuição da FEB sempre foi menosprezada). Cinco soldados brasileiros e um jornalista se perdem do exército e precisam alcançar a estrada 47, no interior da Alemanha, para não serem deixados para trás. O filme chama atenção por sua excelente produção e por seus belos cenários, além da ótima direção de Vicente Ferraz.



COMICS: The Multiversity


Resultado de um planejamento de dez anos, essa minissérie em sete edições é um tributo do roteirista Grant Morrison aos heróis DC. A trama gira em torno de uma revista em quadrinhos que controla a mente de seus leitores. Cada edição tem seu próprio artista e se passa em uma dimensão paralela diferente. Não há continuações diretas, cada volume apresenta uma história fechada. A única ressalva é que se trata de um título difícil para leitores com pouca experiência no universo DC. No Brasil, a saga foi publicada na revista Multiverso DC.



ANIME/MANGA: Assassination Classroom



Essa comédia viajante gira em torno da Classe 3-E, uma sala de aula para onde vão apenas os alunos que são considerados casos perdidos. O professor dessa turma é Koro-sensei, um polvo humanoide cheio de poderes e habilidades especiais, totalmente dedicado a seus estudantes, mesmo que estes estejam sempre tentando matá-lo para salvar o mundo. Além de divertida, a série é uma grande critica à rigidez e à segregação promovidas pelo sistema educacional japonês (leia a resenha completa).



SERIADO: Sense8


Assinada pelos Wachowskis, essa produção do Netflix fala sobre oito pessoas de personalidades distintas que vivem em diferentes partes do mundo, mas que compartilham um elo mental que os permite conversar, trocar memórias e até "emprestar" o controle de seus corpos entre si. Caçados por um organização misteriosa, os oito precisam trabalhar juntos para sobreviver. O show apresenta um complexo mosaico de tramas e subtramas, além de se destacar pela diversidade cultural, racial e sexual de seus personagens.



GAME: Fallout 4



Após um apocalipse nuclear, o herói/heroína inicia uma jornada em busca de seu bebê sequestrado enquanto tenta se adaptar a esse novo mundo. Nesse jogo, tudo se trata de imersão. Muito mais RPG do que shooter, Fallout 4 é um simulador pós-apocalíptico no qual é preciso usar todos os recursos disponíveis para sobreviver e enfrentar as consequências de suas decisões. Nesse game, os jogadores têm liberdade  total para escolher como querem jogar: que missões cumprir, quem apoiar, etc. E cada decisão afeta a história e o mundo ao redor.

14 de dez. de 2015

[Conto] Joanna

Acho que eu tinha dez, talvez onze anos, quando conheci Joanna. Era véspera de Natal, como hoje. Eu passeava pelo centro da cidade com meus pais e minha irmã. Em algum momento me afastei um pouco… E foi quando a vi. Parecia ser mais velha um ano ou dois, tinha o rosto de uma boneca e o sorriso de um anjo. Brincamos, andamos de mãos dadas e conversamos. Eu nunca tinha conversado com uma menina até aquele dia.

— Você me ama, Breno? — meu coração bateu forte.

— P-por que essa pergunta?

— Porque eu amo você, mas só vou te beijar se disser que me ama também.

— A-acho que amo… não sei… é a primeira vez que me sinto assim…