Durante o funeral de sua irmã, a pequena Sara se encontra numa triste posição: arrasada emocionalmente pela perda, se vê acusada injustamente de ser a responsável pela tragédia. Convivendo com os segredos dos adultos ao seu redor e lidando com sentimentos que não compreende totalmente, Sara irá descobrir uma nova visão de mundo que mudará sua vida e a de sua família.
O Grão da Mostarda é uma ficção de cunho cristão com uma mensagem sobre culpa e redenção.
O primeiro capítulo traz uma das aberturas mais fortes que eu já li por conta dos sentimentos profundos que a autora consegue evocar com poucas palavras. É difícil não sentir uma empatia imediata por Sara. A menina é uma personagem muito bem construída, ainda que eu, pessoalmente, a considere um pouco passiva para uma protagonista.
Os ritos funerários e outros elementos culturais apresentados no livro são bastante interessantes, em especial a figura do Devorador de Pecados.
A ambientação poderia ter sido melhor trabalhada. Tive certa dificuldade para situar a história e foi graças a conversas com a autora num grupo de Whatsapp que compreendi ser uma comunidade gaulesa assentada nos Estados Unidos colonial.
O Grão da Mostarda é uma leitura rápida e bem honesta na sua proposta. Especialmente recomendado para os fãs de literatura cristã.
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