O ano é 1957. O corpo de uma professora é encontrado com marcas de um assassinato violento, agitando a rotina da pequena cidade de Aurora do Norte, no interior paulista. Na pista desse mistério está Cecília Venturini, membro da primeira turma de mulheres policiais de São Paulo. Para encontrar o assassino, ela terá de desvendar uma teia de segredos em meio a uma parceria complicada com o detetive alcoólatra Roberto Pimentel.
Embora esse não seja o gênero que leio com mais frequência, sempre consigo me divertir com um bom livro policial, e o trabalho de Rebeka Prez, com certeza, é um dos bons.
O livro apresenta uma narrativa cinematográfica que curto bastante. O texto é dinâmico e envolvente. A ambientação é excelente e Rebeka consegue criar cenários vivos sem se estender em descrições longas. A cidade de Aurora do Norte também é bastante autêntica, seja na criação de mundo, seja em seus personagens: figuras com as quais poderíamos trombar no meio da rua.
A trama é muito bem amarrada. Os segredos, as pistas e as respostas funcionam. Ao final, temos uma história redondinha e sem pontas soltas. Rebeka também trata de uma questão social mais do que relevante: o machismo impregnado na sociedade.
Sendo uma pioneira na força policial (uma profissão que mesmo nos dias atuais é vista como masculina), Cecília tem de lidar com a desconfiança e o descaso de seus colegas e de várias pessoas a seu redor. A forma como a autora aborda essa questão é bastante honesta e enriquece ainda mais a leitura.
Recomendado!
Sendo uma pioneira na força policial (uma profissão que mesmo nos dias atuais é vista como masculina), Cecília tem de lidar com a desconfiança e o descaso de seus colegas e de várias pessoas a seu redor. A forma como a autora aborda essa questão é bastante honesta e enriquece ainda mais a leitura.
Recomendado!
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