Dragon Ball Z é um anime que conta as batalhas de Son Goku, um saiyajin criado na Terra que… er… bom, vocês sabem.
Os Guerreiros Z tem uma longa trajetória no mundo dos games, com um grande lançamento em quase todos os anos. Jogos que nos últimos tempos tem sofrido para escapar da sombra de Budokai 3, que apesar de ter sido lançado em 2004 (duas gerações e mais de uma década atrás), ainda é considerado pela maioria o melhor game de DBZ já feito.
Tentando sair dessa sombra, Dragon Ball Xenoverse chegou para diversas plataformas no começo de 2015 com uma proposta mais ambiciosa que os jogos recentes de Goku & Cia. A começar pelo fato de não ser um game de luta tradicional. O foco está todo em uma campanha que mescla elementos de RPG.
Tudo começa quando uma força misteriosa aumenta o poder dos vilões Freeza, Cell e Maijin Buu em diferentes momentos da história, provocando mudanças perigosas na linha do tempo. Trunks, que agora é membro da Patrulha do Tempo, pede para Shenlong lhe enviar um aliado poderoso o bastante para ajudar na nova batalha.
Esse aliado é ninguém menos que você. Em Xenoverse, você cria o seu próprio Guerreiro ou Guerreira Z, toma parte em algumas das batalhas mais memoráveis de Dragon Ball Z e interage com os heróis clássicos, o que resulta em pequenas mudanças em comparação com a história original. No momento da criação, é possível escolher entre cinco raças diferentes e, com a campanha rolando, dá para customizar as roupas e técnicas especiais — como o mundo de DBZ não precisa de mais caras bombados, eu joguei com uma garota saiyajin que evoluiu até super saiyajin 2.
O sistema de batalha é bem diferente do tradicional um-contra-um lateral. As lutas acontecem em grandes cenários abertos e combates em grupo. No começo, estranhei um pouco, mas assim que se pega o jeito, tudo fica bem instintivo. É notável o cuidado que tiveram para reviver o clima do anime: movimentos, golpes e até efeitos sonoros foram recriados com perfeição. Só a escala de destruição é que deixa um pouco a desejar.
Esse cuidado reflete o quanto o game é voltado para os fãs. Falam em distorções no tempo, mas em nenhum momento explicam quais mudanças ocorreram, assumindo que os jogadores já sabem que Raditz não deveria derrotar Goku e Piccolo.
A má notícia é que Xenoverse tem pontos negativos demais para serem ignorados. Os maiores estão justamente nas batalhas. Embora as lutas empolguem no começo, com o tempo elas se tornam um tanto repetitivas, já que todos os personagens seguem mecânicas de combate semelhantes. A câmera é aberta, movendo-se de forma independente; infelizmente, como é comum em câmeras desse tipo, tudo fica muito confuso quando o jogador se aproxima das paredes.
Há duas opções de dublagem: japonês e inglês, sendo que esta última possui uma sincronia labial sofrível. Apesar dos menus e legendas estarem em português, o trabalho de tradução e adaptação não foi bem feito. Alguns personagens e técnicas são chamados por mais de um nome e são utilizados substantivos e pronomes masculinos com as personagens femininas o tempo todo. Nada que atrapalhe muito, mas incomoda.
Concluindo: Dragon Ball Xenoverse acerta em muitas coisas, mas também tem muitos pontos negativos. É possível se divertir bastante com o jogo, desde que você seja capaz de relevar esses problemas.
Plataformas: PS3, PS4, XBox 360, XBox One, PC
Gênero: luta
Estúdio: Bandai Namco
Lançamento: 2015
Plataformas: PS3, PS4, XBox 360, XBox One, PC
Gênero: luta
Estúdio: Bandai Namco
Lançamento: 2015
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