Existem basicamente 3 grandes formas de formatar um roteiro: Full Script, Método Marvel e Layout. Não dá pra dizer qual é a melhor, cada uma delas oferece vantagens e desvantagens.
O entrosamento com o artista e o nível de controle que você quer ter sobre o resultado final também devem ser considerados antes de decidir qual tipo de roteiro você pretende usar.
Hoje vamos falar sobre o tipo que eu mais uso aqui no blog, o Full Script. Depois falaremos sobre os outros dois.
Full Script
Esse é o tipo mais comum de roteiro. Nele você deve fazer uma descrição detalhada quadro-a-quadro da história, incluindo também os diálogos, os sons e qualquer outro texto que apareça. Você também pode usar esse espaço para fazer considerações sobre os personagens e sua psicologia, como a colorização deve ser feita, e qualquer outra informação que julgue importante. Por exemplo:
Apesar dessa situação ruim, Suzana mantém uma atitude positiva.
Ou...
Essa página deve ser colorizada apenas em tons de azul.
Seja objetivo, evite divagações e lembre-se: o desenhista não imagina as coisas do mesmo jeito que você. Se você quer que o Cebolinha apareça usando uma fantasia de Super-Homem, escreva:
Cebolinha está usando uma fantasia de Super-Homem.
Se você escrever assim...
Cebolinha está usando um colante azul e capa vermelha.
...o resultado pode não ser o esperado.
Para formatar um roteiro Full Script você deve começar com uma folha de rosto com o título da história e o nome do autor. Depois escreva o número da página, o número do quadro seguido de sua descrição, e abaixo do quadro, as falas dos personagens. Sons e onomatopéias também devem ser descritos aqui.
Exemplo:
SUZANA & JÚLIO – Joe de Lima
PÁGINA 01
– QUADRO 01. Panorâmica. Vemos a fachada de uma casa em um bairro de classe média. É uma casa moderna, com janelas verticais e um telhado fugindo daquele padrão de sempre. A casa também possui um gramado e uma garagem.
CAP/SUZANA – “É sério, Júlio...”
– QUADRO 02. Panorâmica. Agora estamos dentro da sala de estar. Faça um ambiente moderno e confortável, com sofás, mesa de centro, quadros, etc. Suzana e Júlio estão sentados no chão, com um monte de livros e cadernos sobre a mesa. Os dois têm uns 19-20 anos. Suzana é loira e usa um top e uma bermuda jeans. Júlio é moreno e veste uma camisa e bermudão. Os dois estão cansados de estudar (que novidade...). Apesar do cansaço, ambos mantém o bom humor.
SUZANA – ...essa prova do ENEM ainda vai acabar comigo!
JÚLIO – Nem me fale. Eu ainda vou morrer de tanto estudar!
– QUADRO 03. Quadro mais fechado. Suzana se espreguiça enquanto Júlio folheia um livro.
SUZANA – E pensar que eu ainda tenho treino de handebol hoje.
JÚLIO – Não sabia que você estava no time, Suzana.
Note como o nome do personagem sempre deve aparecer antes de sua fala, sem essa informação, o desenhista e o letrista podem se confundir.
Certo:
SUZANA – E pensar que eu ainda tenho treino de handebol hoje.
Errado:
– E pensar que eu ainda tenho treino de handebol hoje.
A principal vantagem do Full Script é combinar um maior controle do roteirista, e ainda assim permitir que o desenhista tenha certa liberdade. Seu problema é ser o tipo de roteiro mais trabalhoso e que toma mais tempo.
Acima vocês podem ver como o desenhista Rafa Lee desenhou esse roteiro (confira a segunda parte dessa série, falando sobre o Método Marvel).
O entrosamento com o artista e o nível de controle que você quer ter sobre o resultado final também devem ser considerados antes de decidir qual tipo de roteiro você pretende usar.
Hoje vamos falar sobre o tipo que eu mais uso aqui no blog, o Full Script. Depois falaremos sobre os outros dois.
Full Script
Esse é o tipo mais comum de roteiro. Nele você deve fazer uma descrição detalhada quadro-a-quadro da história, incluindo também os diálogos, os sons e qualquer outro texto que apareça. Você também pode usar esse espaço para fazer considerações sobre os personagens e sua psicologia, como a colorização deve ser feita, e qualquer outra informação que julgue importante. Por exemplo:
Apesar dessa situação ruim, Suzana mantém uma atitude positiva.
Ou...
Essa página deve ser colorizada apenas em tons de azul.
Seja objetivo, evite divagações e lembre-se: o desenhista não imagina as coisas do mesmo jeito que você. Se você quer que o Cebolinha apareça usando uma fantasia de Super-Homem, escreva:
Cebolinha está usando uma fantasia de Super-Homem.
Se você escrever assim...
Cebolinha está usando um colante azul e capa vermelha.
...o resultado pode não ser o esperado.
Para formatar um roteiro Full Script você deve começar com uma folha de rosto com o título da história e o nome do autor. Depois escreva o número da página, o número do quadro seguido de sua descrição, e abaixo do quadro, as falas dos personagens. Sons e onomatopéias também devem ser descritos aqui.
Exemplo:
SUZANA & JÚLIO – Joe de Lima
PÁGINA 01
– QUADRO 01. Panorâmica. Vemos a fachada de uma casa em um bairro de classe média. É uma casa moderna, com janelas verticais e um telhado fugindo daquele padrão de sempre. A casa também possui um gramado e uma garagem.
CAP/SUZANA – “É sério, Júlio...”
– QUADRO 02. Panorâmica. Agora estamos dentro da sala de estar. Faça um ambiente moderno e confortável, com sofás, mesa de centro, quadros, etc. Suzana e Júlio estão sentados no chão, com um monte de livros e cadernos sobre a mesa. Os dois têm uns 19-20 anos. Suzana é loira e usa um top e uma bermuda jeans. Júlio é moreno e veste uma camisa e bermudão. Os dois estão cansados de estudar (que novidade...). Apesar do cansaço, ambos mantém o bom humor.
SUZANA – ...essa prova do ENEM ainda vai acabar comigo!
JÚLIO – Nem me fale. Eu ainda vou morrer de tanto estudar!
– QUADRO 03. Quadro mais fechado. Suzana se espreguiça enquanto Júlio folheia um livro.
SUZANA – E pensar que eu ainda tenho treino de handebol hoje.
JÚLIO – Não sabia que você estava no time, Suzana.
Note como o nome do personagem sempre deve aparecer antes de sua fala, sem essa informação, o desenhista e o letrista podem se confundir.
Certo:
SUZANA – E pensar que eu ainda tenho treino de handebol hoje.
Errado:
– E pensar que eu ainda tenho treino de handebol hoje.
A principal vantagem do Full Script é combinar um maior controle do roteirista, e ainda assim permitir que o desenhista tenha certa liberdade. Seu problema é ser o tipo de roteiro mais trabalhoso e que toma mais tempo.
Acima vocês podem ver como o desenhista Rafa Lee desenhou esse roteiro (confira a segunda parte dessa série, falando sobre o Método Marvel).
mais trabalhoso para o roteirista, cê quer dizer né?
ResponderExcluirpoder até ser mas garante que o resultado final fique dentro do que voce queria...
Exatamente Marius e concordo com o que você disse.
ResponderExcluirJoe, faz uma postagem sobre as técnicas criativas e processo criativo que tu indicaria. Seria bem interessante!
ResponderExcluirCaio, eu vejo isso como uma questão muito pessoal. O principal é ler muito, ver filmes, cartoons animes, jogar se vc for um gamer, mas o processo criativo vária de uma pessoa para outra.
ExcluirE o mesmo vale pare as técnicas. Eu, por exemplo, vejo um ou dois clipes antes de começar a escrever para entrar no clima, mas isso pode não funcionar pra você.