Encerrando essa trilogia sobre os principais tipos de roteiro, vamos falar hoje sobre Layout.
Lembrando que os outros dois tipos mais comuns, o Full Script e o Método Marvel já foram comentados aqui e aqui.
Layout
Apesar de não fazer tanto sucesso lá fora, o Layout (também chamado de Rafe) é bastante usado aqui no Brasil, sendo o estilo preferido de roteiristas como Alexandre Nagado e Wellington Srbek, além de ser utilizado na produção das revistas da Turma da Mônica.
O layout é basicamente um esboço da HQ feito pelo próprio roteirista, mostrando assim como deve ser a diagramação, os ângulos, as poses dos personagens, etc, etc...
A maior vantagem do layout é oferecer ao roteirista controle absoluto sobre o resultado final da história, aqui a liberdade do artista é praticamente zero. A desvantagem é que o roteirista deve ter boas noções de diagramação e narrativa visual.
Alguns layouts já vêm com o texto escrito à mão, outros trazem apenas indicações nos balões, e o texto vem em algum documento separado, ou digitado abaixo dos quadros. Esse último é o caso do layout que eu desenhei de SUZANA & JÚLIO. O texto está ai embaixo e o layout você pode conferir acima:
SUZANA & JÚLIO - Joe de Lima
PÁGINA 01
1. "É sério, Júlio..."
2. ...essa prova do ENEM vai acabar comigo!
3. Nem me fale. Eu ainda vou morrer de tanto estudar!
4. E pensar que eu ainda tenho treino de handebol hoje!
5. Não sabia que você estava no time, Suzana.
Pessoalmente, eu não gosto muito desse tipo de roteiro. Acho que limita demais a mão do desenhista.
Bom, é isso. Agora que você já conhece todos os tipos de roteiro, suas vantagens e desvantagens, pode escolher qual deles combina melhor com seu estilo narrativo. Então não fique aí parado, comece a escrever!
Lembrando que os outros dois tipos mais comuns, o Full Script e o Método Marvel já foram comentados aqui e aqui.
Layout
Apesar de não fazer tanto sucesso lá fora, o Layout (também chamado de Rafe) é bastante usado aqui no Brasil, sendo o estilo preferido de roteiristas como Alexandre Nagado e Wellington Srbek, além de ser utilizado na produção das revistas da Turma da Mônica.
O layout é basicamente um esboço da HQ feito pelo próprio roteirista, mostrando assim como deve ser a diagramação, os ângulos, as poses dos personagens, etc, etc...
A maior vantagem do layout é oferecer ao roteirista controle absoluto sobre o resultado final da história, aqui a liberdade do artista é praticamente zero. A desvantagem é que o roteirista deve ter boas noções de diagramação e narrativa visual.
Alguns layouts já vêm com o texto escrito à mão, outros trazem apenas indicações nos balões, e o texto vem em algum documento separado, ou digitado abaixo dos quadros. Esse último é o caso do layout que eu desenhei de SUZANA & JÚLIO. O texto está ai embaixo e o layout você pode conferir acima:
SUZANA & JÚLIO - Joe de Lima
PÁGINA 01
1. "É sério, Júlio..."
2. ...essa prova do ENEM vai acabar comigo!
3. Nem me fale. Eu ainda vou morrer de tanto estudar!
4. E pensar que eu ainda tenho treino de handebol hoje!
5. Não sabia que você estava no time, Suzana.
Pessoalmente, eu não gosto muito desse tipo de roteiro. Acho que limita demais a mão do desenhista.
Bom, é isso. Agora que você já conhece todos os tipos de roteiro, suas vantagens e desvantagens, pode escolher qual deles combina melhor com seu estilo narrativo. Então não fique aí parado, comece a escrever!
Joe de Lima,
ResponderExcluirpra mim, LAYOUT (esse nome me dá calafrios) é uma etapa inteira por si só, pois mesmo com a existência de um ROTEIRO (FULL SCRIPT ou MARVEL) o desenhista ou alguém TAMBÉM poderá/deverá fazer o LAYOUT de cada página antes de elas serem desenhadas; quer dizer... passando antes é claro pelo próprio STORYBOARD, pois STORYBOARD e LAYOUT ainda são coisas diferentes. O LAYOUT é um protótipo da página, que se não me engano, muitas vezes é feito pelo desenhista e depois decalcado (ou transferido quem sabe) por ele mesmo para uma folha limpa definitiva. Se um ROTEIRISTA faz um LAYOUT, pra mim ele não está fazendo um "ROTEIRO", e sim um LAYOUT... ou melhor... sequer um LAYOUT na minha concepção, mas um STORYBOARD, já que o desenhista provavelmente nem poderia decalcar aquilo; então, o ROTEIRISTA em questão estaria pulando a etapa do ROTEIRO. Talvez você tenha tirado essa classificação de algum livrotirou essa classificação dos 3 tipos de ROTEIRO de alguma literatura técnica, eu não sei. Pra mim, a única coisa que tornaria o LAYOUT um tipo de "ROTEIRO", seria o fato de que o ROTEIRISTA virou uma espécie de STORYBOARDER... e que o conceito de "ROTEIRO" avançou sobre as próximas etapas, já que não existiu (ou se existiu, não foi apresentado ao desenhista como material)
Fora isso, é muito interessante e necessária a apresentação desses métodos de ROTEIRO que você fez aqui. Entre os 3, eu seria um apoiador do método Marvel. Note também que no Brasil, parece que realmente não se confia na inteligência dos desenhistas, pelo método LAYOUT ser bastante utilizado em algum pólo daqui, para manter o controle. É cultural. Eu não sabia disso.
Glauco
Glauco, essa definição é minha mesmo. Eu gosto de usar explicações simples, por isso preferi chamar o layout de roteiro, mesmo que ao pé da letra não seja.
ResponderExcluirMas concordo com você quando diz que o roteirista que apresenta um storyboard está queimando etapas. O processo que eu uso é de enviar o roteiro (prefiro trabalhar com o full script) para o desenhista e ele me envia o layout para avaliação. Sair disso, me parece mexer com a estrutura ideal no processo de elaborar uma HQ.
Eu fiquei muito em dúvida se iria ou não fazer uma coluna falando sobre o layout como modo de roteiro, e foi justamente esse uso no Brasil que me fez tomar essa decisão.
O seu comentário foi um belo acréscimo. Obrigado!