Essa obra de Camila Dornas é um bom exemplo de realismo mágico: uma história que se passa no mundo real , mas com um ou outro elemento fora do comum, sem contudo tirar os pés do chão. No caso, esses elementos são um fantasma e um violino que parece ter vontade própria. Vamos com calma que eu já explico essa história direito.
O Violino Escarlate conta duas tramas. A primeira, ambientada no presente, nos leva a conhecer Maya, uma ex-violinista com várias marcas emocionais causadas por um relacionamento abusivo. No velório de sua avó, Maya atende ao último pedido dela, tocando um violino vermelho que está na família há décadas. Nesse momento, o espírito da avó falecida, Rosa, aparece para incumbir sua neta da tarefa de devolver o instrumento a seu dono anterior, no México.
A segunda trama é justamente a jornada de Rosa pelo México de 1975, seu intenso relacionamento com o músico Juan e a forma como se viu numa situação inusitada e perigosa. À medida que Maya vai superando os desafios em sua busca, mais segredos sobre o passado de Rosa se revelam.
Desde o começo da leitura, o texto de Camila Dornas já nos prende ao livro. A narrativa é dinâmica e tem bastante energia, mas sem apressar os fatos em nenhum momento, deixando a leitura bastante agradável. É interessante como a autora lida igualmente bem com ambas as protagonistas, mesmo se tratando de duas pessoas totalmente diferentes.
Essas duas narrativas distintas também permitem que o livro flerte com vários gêneros: romance, drama, policial, comédia romântica e outros. O mais notável é a forma harmônica como esses vários elementos se combinam e se complementam.
Uma leitura que eu, com certeza, recomendo
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