Quando se tem em mãos um livro derivado de algum game, filme ou HQ famosos (e com muito background) é um bastante comum surgir a questão: é preciso conhecer a obra original para aproveitar essa leitura? Bom, nunca joguei World of Warcraft, então essa dúvida passava pela minha cabeça também.
É necessário conhecer o games para desfrutar da leitura de Marés da Guerra? A resposta é um agradável "não". Antes de abrir o livro, meu conhecimento sobre Warcraft limitava-se ao confuso filme de 2016. Ainda assim, não tive problema algum para compreender o cenário, os personagens e as histórias do passado.
Méritos para a autora Christie Golden, que opta - de forma bastante acertada - em focar sua história num grupo de personagens e num plot mais linear, evitando o despejo de informações desnecessárias. Há muito background sobre os personagens, lugares e a história do mundo, mas é tudo relativo à trama que acompanhamos.
Marés da Guerra conta a saga da poderosa maga Jaina Proudmoore. Intelectual e pacifista, ela governa a cidade de Theramore, que está localizada bem na fronteira entre o território da Aliança (humanos, elfos e anões em sua maioria) e a Horda (orcs, trolls e taurens, entre outras raças). Trabalhando pela paz entre as duas forças, Jaina vê sua cidade ameaçada quando o novo chefe da Horda, Garrosh, convoca seus guerreiros para uma campanha de conquista em larga escala, sendo Theramore o primeiro alvo.
Como comentei ali em cima, o texto de Christie Golden é dinâmico e bem gostoso de ler. Chega a ser difícil largar o livro às vezes. Ainda que seja uma aventura com heróis e vilões bem definidos, a autora não deixa de acrescentar algumas camadas aos personagens. Jaina é heroica, mas possuí um lado sombrio e perigoso. O próprio Garrosh, entre os planos de conquista, tem de lidar com o jogo de influências entre seus principais generais.
Independente de conhecer o game ou não, Marés da Guerra é um prato cheio para os fãs de fantasia!
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