Pra quem ainda não sabe, recentemente a editora HQM entrou no mercado de mangás nacionais com dois títulos: Vitral e O Princípe do Best-Seller.
(Você pode ler a notícia completa aqui)
Não é preciso ser nenhum especialista, nem ter um olho clínico para ver que o visual remete diretamente aos mangás japoneses por execelência (aliás em termos de visual, os desenhos são realmente muito bonitos!). Mais que isso, são histórias ambientadas no Japão com personagens nipônicos.
Nenhum problema até aqui. Contudo, a HQM tomou uma atitude (na minha humilde opinião) totalmente infeliz: publicar suas revistas no sentido oriental da leitura, ou seja, da direita para a esquerda. Ao fazer isso a HQM abriu mão de algumas coisas importantes, não só nos quadrinhos, mas em qualquer tipo de midia: uma identidade e uma personalidade próprias.
Mangá não é só um nome dado a um estilo de quadrinhos, assim como a leitura oriental não é uma opção artística, são elementos sócio-culturais japoneses.
Vou deixar bem claro que não pretendo levantar a bandeira do nacionalismo, até porque nunca fui um grande defensor de causas.
Mas veja bem, se você abrir uma HQ Disney, com uma leitura um pouco mais atenta é possível dizer se a história em questão foi produzida no Brasil, nos Estados Unidos ou na Itália, não só por causa da estética, mas também pela narrativa.
Mas já que estamos falando de mangás nacionais, vamos a eles. Veja o caso da Turma da Mônica Jovem, ainda que use a estética dos mangás, o título nunca tentou se passar por um mangá verdadeiro. O mesmo acontecia com Holy Avenger, outro mangá nacional bem sucedido.
Essas são histórias com personalidade e estilo próprios. E é isso que representa uma identidade cultural, mais do que nacionalismo ou patriotismo, tem a ver com personalidade.
Quanto a HQM, me parece que a intenção da editora é (e digo isso sem maldade alguma) encontrar algum leitor desavisado, que compre um de seus lançamentos pensando tratar-se de material japônes legitimo. As vendas é que irão dizer se a estratégia vai ou não funcionar, e isso não depende da aparência nem do sentido da leitura, e sim da qualidade das revistas.
(Você pode ler a notícia completa aqui)
Não é preciso ser nenhum especialista, nem ter um olho clínico para ver que o visual remete diretamente aos mangás japoneses por execelência (aliás em termos de visual, os desenhos são realmente muito bonitos!). Mais que isso, são histórias ambientadas no Japão com personagens nipônicos.
Nenhum problema até aqui. Contudo, a HQM tomou uma atitude (na minha humilde opinião) totalmente infeliz: publicar suas revistas no sentido oriental da leitura, ou seja, da direita para a esquerda. Ao fazer isso a HQM abriu mão de algumas coisas importantes, não só nos quadrinhos, mas em qualquer tipo de midia: uma identidade e uma personalidade próprias.
Mangá não é só um nome dado a um estilo de quadrinhos, assim como a leitura oriental não é uma opção artística, são elementos sócio-culturais japoneses.
Vou deixar bem claro que não pretendo levantar a bandeira do nacionalismo, até porque nunca fui um grande defensor de causas.
Mas veja bem, se você abrir uma HQ Disney, com uma leitura um pouco mais atenta é possível dizer se a história em questão foi produzida no Brasil, nos Estados Unidos ou na Itália, não só por causa da estética, mas também pela narrativa.
Mas já que estamos falando de mangás nacionais, vamos a eles. Veja o caso da Turma da Mônica Jovem, ainda que use a estética dos mangás, o título nunca tentou se passar por um mangá verdadeiro. O mesmo acontecia com Holy Avenger, outro mangá nacional bem sucedido.
Essas são histórias com personalidade e estilo próprios. E é isso que representa uma identidade cultural, mais do que nacionalismo ou patriotismo, tem a ver com personalidade.
Quanto a HQM, me parece que a intenção da editora é (e digo isso sem maldade alguma) encontrar algum leitor desavisado, que compre um de seus lançamentos pensando tratar-se de material japônes legitimo. As vendas é que irão dizer se a estratégia vai ou não funcionar, e isso não depende da aparência nem do sentido da leitura, e sim da qualidade das revistas.
Uma decisão infeliz da editora ( que amanha ou depois podera alegar "virão? Quadrinho nacional não funciona!)que apenas mostra a falta de visão comercial da HQM. Ponto negativo para as autoras também que escreveram o material pensando em atender o gueto do gueto e em agradar seus amigos. Isso tudo mostra que no Brasil não há editores de quadrinhos... Infelizmente!
ResponderExcluirE infelizmente eu concordo com você.
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