Outro dia finalmente consegui pôr as mãos em uma HQ que eu estava louco pra ler. Trata-se do primeiro volume da excelente História & Glória da Dinástia Pato. Escrita pelo mestre Guido Martina, com desenhos de Romano Scarpa e Giovan Battista Carpi, e arte-final de Giorgio Cavazzano.
Como a história original é de 1970, não dá pra ler sem notar a mudança de linguagem de lá pra cá.
O ritmo é a primeira coisa que chama a atenção: mais lento? Não, pelo contrário, extremamente rápido! Especialmente no primeiro capítulo, onde os fatos são disparados contra o leitor, que nem tem tempo pra pensar no que está acontecendo.
Mas o que mais chama a atenção é a ausência do politicamente correto. Se hoje em dia é preciso tomar sempre cuidado com as atitudes dos personagens para não passar uma mensagem errada, nos anos 70 as coisas eram bem diferentes.
O Tio Patinhas (na verdade, antepassados que se parecem e comportam como ele) é o maior exemplo disso: desvio de verbas, fraude, comércio ilegal, falsificação. Para aumentar sua fortuna, ele se vale desses e de outros metódos questionáveis. Mas nada disso é mostrado como errado ou desonesto, aqui tudo é visto como provas da "esperteza" do Pato Mais Rico do Mundo.
As boas histórias são eternas! Disso ninguém dúvida, mas lembre-se, tudo muda: o mercado, a linguagem, o público. Talvez por não perceber isso, as HQs Disney estão em decadência, só que isso já é assunto pra outro dia...
Como a história original é de 1970, não dá pra ler sem notar a mudança de linguagem de lá pra cá.
O ritmo é a primeira coisa que chama a atenção: mais lento? Não, pelo contrário, extremamente rápido! Especialmente no primeiro capítulo, onde os fatos são disparados contra o leitor, que nem tem tempo pra pensar no que está acontecendo.
Mas o que mais chama a atenção é a ausência do politicamente correto. Se hoje em dia é preciso tomar sempre cuidado com as atitudes dos personagens para não passar uma mensagem errada, nos anos 70 as coisas eram bem diferentes.
O Tio Patinhas (na verdade, antepassados que se parecem e comportam como ele) é o maior exemplo disso: desvio de verbas, fraude, comércio ilegal, falsificação. Para aumentar sua fortuna, ele se vale desses e de outros metódos questionáveis. Mas nada disso é mostrado como errado ou desonesto, aqui tudo é visto como provas da "esperteza" do Pato Mais Rico do Mundo.
As boas histórias são eternas! Disso ninguém dúvida, mas lembre-se, tudo muda: o mercado, a linguagem, o público. Talvez por não perceber isso, as HQs Disney estão em decadência, só que isso já é assunto pra outro dia...
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